◘ NAMOROFOBIA

 Namorofobia

De acordo com uma pesquisa que venho desenvolvendo no site Mudança de Hábito (www.mudancadehabito.com.br), a maioria das pessoas procura alguém para namorar (27%) ou um relacionamento para toda a vida (50%), enquanto a menor parte está só atrás de belos romances (17%) ou quer ficar com várias pessoas (6%). 

Estes dados indicam a imensa vontade de se envolver em um relacionamento.

A praga da década são os namorofóbicos. 

Homens e mulheres estão cada vez mais arredios ao título de namorado, mesmo que, na prática, namorem. 

Uma coisa muito estranha.

Saem, fazem sexo, vão ao cinema, freqüentam as respectivas casas, tudo numa freqüência de namorados, mas não admitem.

Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não criar jurisprudência, como se diria em juridiquês. 

Podem sair várias vezes numa semana, mas aí tem que dar uns intervalos regulamentares, que é para não parecer namoro.

- É tua namorada? - Não, a gente tá ficando. 

Ficando aonde, cara pálida? Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como se o título fizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de propriedade.

Devem temer que ao chamar de namorada (o) a criatura se transforme numa dominadora sádica, que vai arrastar a presa para o covil, fazer enxoval, comprar alianças, apresentar para a parentada toda e falar de casamento - não vai. 

Não a menos que seja um (a) psicopata. 

Mais pata que psico.

Namorar é leve, é bom, é gostoso. 

Se interessar pelo outro e ligar pra ver se está tudo bem, pode não ser cobrança, pode ser saudade, vontade de estar junto, de dividir.

A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar de namorado. 

Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (há meses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO.

Antes, o problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo! Desafasta. 

Agora é o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda a leveza do mundo. 

Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que possa durar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber o nome. 

Do que o medo? Da responsabilidade? Da cobrança? De gostar?

Sempre que a gente se envolve com alguém tem que ter cuidado. 

Não é porque "a gente tá ficando" que não se deve respeito, carinho e cuidado. 

Não é porque "a gente tá ficando" que você vai para cama num dia e no outro finge que não conhece e isso não dói ou que não é filhadaputice. 

Não é porque "a gente tá ficando" que o outro passa a ser mais um número no rol das experiências sexuais - e só. Ou é?

Graças a Deus, nem tudo está perdido, pois também tenho encontrado pessoas com mais maturidade, que continuam apostando no amor, sem tanto medo da cumplicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DESTAQUE

PRODUÇÃO DO MORGAN "EV3" ARRANCA NO TERCEIRO TRIMESTRE.

  A Morgan anunciou uma parceria técnica com a Frazer-Nash Energy Systems, com vista à produção do seu EV3.   A visão da Morgan para o mundo...

POSTAGENS MAIS ACESSADAS