Portas e capôs precisam ser feitos com duas chapas, a externa dando a resistência, e a interna dando o formato adequado, mas podendo ser muito mais leve. [Imagem: TWB Company LLC]
Soldagem de alumínio
A
otimização de um processo desoldagem poderá ser a grande responsável pela ampliação
do uso do alumínio em carros e caminhões.
A
melhoria deu ao processo a velocidade, a qualidade e a consistência exigidas
pela indústria automobilística, produzindo, por exemplo, uma porta de carro que
é 62% mais leve e 25% mais barata do que a produzida com os métodos de
fabricação atuais.
A
inovação é resultado da melhoria de uma técnica de soldagem por fricção
conhecida como "solda por fricção e mistura mecânica", que agora pode
ser usada para unir chapas de alumínio de diferentes espessuras, o que é
essencial para a produção de autopeças que são leves, mas com a resistência
necessária para garantir a segurança.
"O
resultado é um processo comprovado que supera as limitações de velocidade,
escala e qualidade da solda por fricção e mistura mecânica, que impediam seu
uso pela indústria automobilística," resumiu Yuri Hovanski, dos
laboratórios PNNL, nos Estados Unidos.
O
processo também é 10 vezes mais rápido do que as técnicas atuais de soldagem
por fricção, alcançando pela primeira vez velocidades de produção que
satisfazem os requisitos da indústria automobilística.
Solda
por fricção e mistura mecânica
Uma
máquina de solda por fricção parece com um cruzamento entre uma furadeira e uma
máquina de costura.
Atuando
sobre duas folhas de metal postas lado a lado, a "broca" - na verdade
um pino - gira contra ambas as extremidades. Conforme ela viaja ao longo da
lateral das placas, o atrito aquece, mistura e junta as duas chapas sem
derretê-las.
Isto
é essencial porque algumas peças de alumínio para automóveis - como portas e
capôs - precisam ser feitas com duas chapas, a externa dando a resistência, e a
interna dando o formato adequado, mas podendo ser muito mais leve.
"Vislumbramos
este processo, e futuras versões dele, permitindo combinações completamente
novas de materiais que irão revolucionar o uso de materiais na indústria
automobilística," disse Hovanski, acrescentando que a equipe continuará
trabalhando no projeto pelos próximos dois anos.
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