EMPIRICUS ► COMO CAPTURAR O RALI DO IMPEACHMENT?

 


 
Não podemos ignorar o que aconteceu no Brasil na última semana.
 
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 Como capturar o Rali do Impeachment? 

 

Caro Leitor,


Não podemos ignorar o que aconteceu no Brasil na última semana.


Em nova fase da Operação Lava Jato, um dia após o vazamento da bombástica delação de Delcídio do Amaral, a Polícia Federal cumpriu mandado de condução coercitiva do expresidente Lula.


Era o combustível adicional que faltava em prol do reapreçamento dos ativos brasileiros, empurrados pela probabilidade crescente de troca de Governo e, portanto, de política econômica.


Conforme observamos nos últimos pregões, investidores já começaram a embutir no preço a probabilidade de mudança da política econômica, seja por meio de um processo de impeachment ou de cassação do mandato da presidente Dilma.


No caso da Bolsa brasileira, a disparada semanal de 18% do Ibovespa (maior desde 2008) não deixa dúvidas de que o "Rali do Impeachment" já começou.


Obviamente, queremos que você assegure a possibilidade de aproveitar um grande rali para os ativos brasileiros. Chance única de colocar lucros extraordinários no bolso.


Foi nisso que baseamos nossa tese da Virada de Mão, escrita seis meses atrás.

Nela, após vários anos pessimista com Bolsa, passávamos a identificar alternativas muito interessantes de compra de ações.


O documento ainda está por aí, na internet. Caso tenha interesse, pode facilmente
encontrá-lo através da busca por "Oportunidades de uma Vida" no Google.


Na ocasião, o principal índice de ações do país estava na casa dos 46 mil pontos, não muito distante do atual patamar.


Fomos criticados pelas perdas iniciais com a tese de Virada de Mão, embora fossem prejuízos pequenos e não realizados.


Isso é natural. Gera certo desconforto, pois somos humanos; mas estamos bastante acostumados.


Em contrapartida, as cinco ações escolhidas a dedo para concentrar a maior parte de nossa alocação em Bolsa fizeram jus à recomendação, conforme vemos na tabela:

 

* Encerramos a recomendação de Cetip em 23 de novembro, a R$ 38,00, com ganhos também importantes de +19,50%

 

Ou seja, o ganho médio por recomendação foi de 23,6%, em apenas seis meses.


Esse foi o retorno de quem seguiu cada uma das sugestões, com pesos idênticos entre as ações. Trata-se de um lucro muito superior a qualquer outra aplicação convencional nesse horizonte de tempo.


Meu ponto atual é que esta valorização, por mais pronunciada que tenha sido, foi apenas o começo, na medida em que há em curso um verdadeiro re-rating de Brasil.


Com o CDS saindo de 500 para 425 pontos em poucos dias, todos os modelos terão de ser revisitados. E nós aproveitaremos essa oportunidade.


Confesso que fiquei um tempo pensando no antônimo para a expressão "no fundo do poço tem uma alçapão". Não consegui chegar a algo preciso. Talvez "o céu é o limite" seja o bordão mais aproximado.


Se você pensou que a delação de Delcídio do Amaral representava o ápice no âmbito da Operação Lava Jato, possivelmente já reviu seus conceitos. Acima do ápice, a Operação Aletheia, em sua busca pela verdade, revelou a possibilidade de avanço adicional.


Além do combustível extra em prol do reapreçamento dos ativos brasileiros, acendeu também o pavio das tensões entre opositores do Governo e os que defendem cegamente a autoproclamada "alma mais honesta do Brasil"

 

Tem mais por vir? É bem possível que sim.


O impeachment tornou-se provável, mas ainda incerto.


Enquanto isso, os financistas da Faria Lima e de Wall Street estão quase todos short (vendidos) ou underweight (subalocados) em Brasil - e isso pode provocar um efeito simplesmente explosivo de valorização adicional.


O chamado "smart money" tinha uma aposta de consenso favorável ao dólar e contrária à Bolsa - evidências em prol do impeachment podem exigir realocação rápida desses randes investidores, com impactos pronunciados sobre os preços dos ativos.


Não há nada além do impeachment neste momento. Brasil é capa dos principais sites internacionais de finanças:

 

Dentro deste conturbado contexto, simplesmente não podemos ignorar os eventuais desdobramentos dos últimos acontecimentos.


Quem ignora perde a possibilidade de aproveitar um grande rali para os ativos brasileiros, assistindo alheio a um processo de grande valorização.


Lembre-se: as Bolsas internacionais se valorizaram de forma notável desde 2009 e o Brasil ficou para trás, basicamente por conta de suas invenções batizadas de nova matriz econômica".


Ademais, o juro no mundo é negativo e o capital estrangeiro está ávido por ser
rentabilizado a taxas mais elevadas, como as brasileiras.


Os Bancos Centrais da Europa, do Japão e, mais recentemente, da China (por meio da liberação de compulsório), seguem injetando dinheiro na economia, o que significa mais liquidez no sistema.


Então como podemos capturar o Rali do Impeachment?

 

O investidor pessoa física deve manter algumas posições em ativos de risco, evidentemente sob a devida diligência e contrabalanceadas por seguros apropriados.


Uma forma trivial de fazer isso é manter uma alocação razoável (10-15%) em ações. Obviamente, sempre privilegiando boas companhias, de marca forte, margens estáveis, crescimento de longo prazo dos lucros por ação, managements de qualidade, dividendos, entre outros.


Gostaria de apontar também aquilo que considero a melhor forma de capturar o possível rali do impeachment na renda fixa: a NTN-B (Tesouro IPCA+) 2050, onde identificamos assimetria muito convidativa entre perdas e ganhos potenciais.


É importante ressaltar que trata-se de uma posição arriscada na renda fixa tanto por conta da tradicional volatilidade da impiedosa marcação a mercado quanto em função da trajetória problemática da dívida pública brasileira.


É também fundamental ter em mente que só estamos dispostos a enfrentar uma posição de maior risco por ela ser protegida da inflação, sendo capaz de garantir um retorno real ao investidor.


Para encerrar as ponderações sobre a posição, reitero a importância de que a compra do título seja feita para um percentual pequeno do portfólio, necessariamente combinada com a montagem de outros instrumentos de hedge.


No caso de uma grande ruptura, ou seja, de que o governo venha a anunciar uma efetiva moratória (neste caso, não estou falando do calote branco, ou seja, de pagar dívida com inflação; falo do não pagamento dos credores mesmo), essas posições de hedge terão subido fortemente, compensando as perdas com a NTN-B 2050.


Posto que a probabilidade de troca de governo aumentou consideravelmente nas últimas semanas, precisamos ao menos ter um pé mais agressivo para capturar a eventual mudança positiva, mesmo que seja apenas por meio de uma posição pequena.


Não vamos fechar o livro de suspense antes de terminar a história, só por que já deu pra perceber qual personagem é o serial killer.

 

 
 
 
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