Tensão na Avenida Paulista
Ocupada por manifestante contra o governo, principal avenida de São Paulo será palco de protesto em que PT promete levar 150 mil pessoas nesta sexta-feira
da redação, com agências
Às vésperas das manifestações marcada para esta sexta-feira (18)
pelos movimentos sociais em apoio ao governo de Dilma Rousseff na
Avenida Paulista o clima é de apreensão.
Manifestantes contra o governo e
que pedem a saída da presidente ocupam o local desde a noite de
quarta-feira (16), em protesto pela nomeação do ex-presidente Luiz
Inacio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil e prometem ficar
ali até a saída de Dilma.
O temor é de que o ato marcado pelo PT e pelos
movimentos sociais para acontecer no Masp, a poucas centenas de metros
de onde se concentra o outro grupo termine em violência; acabe em
violência.
Os anti-governistas afirmam que vão ocupar a avenida até que a
presidente Dilma renuncie.
No local, começam a crescer o número de
barracas de camping. Nas redes sociais, a hashtag #OcupaAvPaulista chama
as pessoas à se juntarem ao grupo.
Muitos manifestantes carregam
bandeiras do Brasil e alguns vestem camisas da seleção brasileira.
Além
de gritarem palavras de ordem, os participantes do ato fazem barulho com
apitos e cornetas.
A Polícia Militar tentou negociar por diversas vezes com o grupo para
que ao menos as faixas exclusivas de ônibus fossem liberadas.
Os
manifestantes se negaram e chegaram a hostilizar o secretário de estado
da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que esteve no local para
tentar negociar uma saída para o impasse, mas teve que ir embora.
Concentrados em frente ao prédio da Fiesp, os manifestantes bloqueiam o
trânsito de veículos nos dois sentidos da avenida, inclusive as faixas
de ônibus.
Por outro lado, os movimentos sociais que organizam o ato desta
sexta-feira, marcado desde a semana passada, estimam que 150 mil pessoas
devem ir até a Avenida Paulista em apoio ao governo e cobram do
Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP)
Alexandre de Moraes, que a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) desocupe o
local para evitar confrontos.
Segundo eles, o secretário teria
garantido que retiraria as pessoas às 21h desta quinta-feira.
“Na semana passada o governador e o secretário deram entrevista
coletiva dizendo que os manifestantes podiam ir tranquilamente à
manifestação que ocorreu domingo.
Deixaram de fazer isso agora e nós
cobramos isso”, afirmou Emídio Souza, presidente do PT paulista.
Segundo o presidente do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
estará no palco principal, em frente ao Museu de Arte de São Paulo
(Masp).
“Não queremos tratamento diferenciado nas ruas”, afirmou
Marianna Dias, diretora da UNE, que também participou do encontro.
O
secretário garantiu que mobilizará a mesma quantidade de policiais que
trabalharam no domingo passado.
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