O navio sendo representado em jogo de video game | Crédito: Reprodução / World Of Warships
Um gentil fantasma: afundado há 78 anos, o Graf Spee causou terror a navios mercantes aliados. Mas seu capitão - que não era nazista - tentava salvar todo mundo da tripulação inimiga.
José Francisco Botelho
A 7 km da costa do Uruguai, no Rio da Prata, jaz o esqueleto do encouraçado Graf Spee - um dos orgulhos da marinha de Hitler, afundado não por torpedos inimigos, mas por ordem de seu capitão.
Antes de encontrar seu destino nas profundezas, a embarcação protagonizou a última batalha naval à moda antiga da história: um duelo entre navios, baseado na habilidade e astúcia de seus comandantes, sem o uso de força aérea, submarinos ou radares.
Isso aconteceu nos últimos meses de 1939.
A Batalha do Rio da Prata foi o único combate da Segunda Guerra na América do Sul.
A odisseia do Graf Spee encerrou uma era na história das guerras marítimas - meses mais tarde, novas tecnologias revolucionariam as batalhas navais, pondo fim aos duelos entre marujos.
O protagonista dessa história era um sujeito que parece saído das páginas de um romance de aventuras: o capitão Hans Langsdorff.
Ele conduziu o Graf Spee em uma jornada secreta por dois oceanos.
Descrito até por seus inimigos como um cavalheiro, era bem diferente da ideia que se tem de um oficial nazista: em vez de trucidar prisioneiros, preferia lhes oferecer charutos, bebidas e banhos de sol.
O capitão Hans Langsdorff
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