Por Daniele
Cavalcante | Editado por Patrícia
Gnipper | 20 de Dezembro de 2022
Tempestades solares continuam atingindo
a Terra, dando sequência àquelas
que chegaram na semana passada. Segundo os especialistas do clima espacial,
uma onda de choque misteriosa criada por uma rajada de vento solar abriu uma
rachadura na magnetosfera terrestre.
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Na segunda-feira (19), os cientistas
anunciaram que a onda de choque criou a rachadura no campo magnético protetor
da Terra, permitindo que material solar atravessasse, causando algumas
interferências nas redes de comunicação por satélites.
A origem da onda de choque parece ter
se formado a partir de uma ejeção de massa coronal, lançada pela mancha solar
AR3165 — a mesma que enviou tempestades
solares na semana passada e causou blackout nos sinais de rádio e
satélite.
Emissões de massa coronal são normalmente bloqueadas pela
magnetosfera da Terra, mas, às vezes, elas criam rachaduras na magnetosfera que
permanecem abertas por horas. Foi isso o que aconteceu na segunda-feira e
deixou cientistas em alerta.
Para nossa sorte, a tempestade foi de classe
G-1, ou seja, do tipo mais fraca. Ainda assim, essa categoria pode causar
algumas flutuações pequenas nas redes elétricas e prejudicar algumas funções do
satélite, mas nada que possa nos preocupar.
Meteorologistas espaciais da A Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) detectaram uma chance de mais
tempestades geomagnéticas de classe G1 para o dia 21 de dezembro
(quarta-feira).
Duas manchas solares enviaram correstes de
vento em direção à Terra, que devem atingir nosso campo magnético dia 21 de
dezembro (Imagem: Reprodução/SDO/AIA)
Segundo eles, uma dupla de correntes de ventos solares que viajam
lado a lado deve atingir o campo magnético da Terra no dia 21. O material
ionizado, ou seja, composto por partículas eletricamente carregadas, está
fluindo das duas manchas solares atualmente abertos na atmosfera do Sol.
Novamente, entretanto, as tempestades
geomagnéticas serão fracas, sem potencial de causar maiores danos. Os
cientistas estão em alerta constante para prever qualquer fluxo solar mais
intenso que possam ameaçar nossos satélites em órbita ou redes elétricas em
solo.
Fonte: SpaceWeather
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