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Leia mais artigos no site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão
Embora derrotados na indicação para membros do Conselho de Administração da Petrobrás, os investidores minoritários prometem apertar o cerco para que seja aberta a caixa de pandora dos investimentos financeiros da estatal de economia mista onde o governo manda cada vez mais. Eles vão cobrar explicações detalhadas da empresa de auditoria KPMG, que audita a Petrobrás desde 2006, sobre indícios de que a Petrobras investiu em ativos nos quais empresa não estava autorizada a investir, imiscuindo-se na gestão dos fundos.
O principal alvo dos investidores é Nelson Rocha Augusto, durante nove anos na função de conselheiro fiscal da Petrobras. A Petrobras tinha ingerência direta na gestão da carteira dos fundos geridos pelo Banco do Brasil e pelo Santander. Os investidores também denunciam ter indícios de que os fundos BB milênio 6 Multimercado, o Fundo Exclusivo Multimercado Santander e o BNP Paribas Fundos Exclusivos Multimercados interagiam. O caso chegou a render um processo na Comissão de Valores Mobiliários. Mas os diretores da área financeira da Petrobrás escaparam de punição, embora a CVM tenha decidido que tais operações não podem se repetir de agora em diante.
Além das explicações da área financeira, os investidores também querem saber o destino dos 21 blocos exploratórios legalmente adquiridos em leilão na oitava rodada da ANP, em novembro de 2006. Eles raciocinam que essas concessões seriam importantíssimas para a companhia atingir os níveis de produção de óleo e gás previstos no plano de negócios. Também querem detalhes sobre as 13 áreas terrestres na bacia do tucano, áreas de nova fronteira, com potencial para descobertas de acumulações profundas de gás natural, e que abrangem 2.288,15 km quadrados.
Publicamente, tais cobranças são feitas pelo investidor Romano Allegro - presidente do Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança. Sua demanda deve contar com o apoio dos gestores de recursos BlackRock (com 5% das ações preferenciais da Petrobrás) e Pólo Capital. Eles articularam mudanças no conselho da estatal de economia mista, mas acabaram derrotados porque o governo conseguiu reeleger seus conselheiros, em manobra apoiada pelos fundos de pensão Petros, Previ e Funcef – aparelhados pelos sindicalistas petistas.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 21 de Março de 2011.
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Por Jorge Serrão
Embora derrotados na indicação para membros do Conselho de Administração da Petrobrás, os investidores minoritários prometem apertar o cerco para que seja aberta a caixa de pandora dos investimentos financeiros da estatal de economia mista onde o governo manda cada vez mais. Eles vão cobrar explicações detalhadas da empresa de auditoria KPMG, que audita a Petrobrás desde 2006, sobre indícios de que a Petrobras investiu em ativos nos quais empresa não estava autorizada a investir, imiscuindo-se na gestão dos fundos.
O principal alvo dos investidores é Nelson Rocha Augusto, durante nove anos na função de conselheiro fiscal da Petrobras. A Petrobras tinha ingerência direta na gestão da carteira dos fundos geridos pelo Banco do Brasil e pelo Santander. Os investidores também denunciam ter indícios de que os fundos BB milênio 6 Multimercado, o Fundo Exclusivo Multimercado Santander e o BNP Paribas Fundos Exclusivos Multimercados interagiam. O caso chegou a render um processo na Comissão de Valores Mobiliários. Mas os diretores da área financeira da Petrobrás escaparam de punição, embora a CVM tenha decidido que tais operações não podem se repetir de agora em diante.
Além das explicações da área financeira, os investidores também querem saber o destino dos 21 blocos exploratórios legalmente adquiridos em leilão na oitava rodada da ANP, em novembro de 2006. Eles raciocinam que essas concessões seriam importantíssimas para a companhia atingir os níveis de produção de óleo e gás previstos no plano de negócios. Também querem detalhes sobre as 13 áreas terrestres na bacia do tucano, áreas de nova fronteira, com potencial para descobertas de acumulações profundas de gás natural, e que abrangem 2.288,15 km quadrados.
Publicamente, tais cobranças são feitas pelo investidor Romano Allegro - presidente do Instituto Brasileiro de Ativismo Societário e Governança. Sua demanda deve contar com o apoio dos gestores de recursos BlackRock (com 5% das ações preferenciais da Petrobrás) e Pólo Capital. Eles articularam mudanças no conselho da estatal de economia mista, mas acabaram derrotados porque o governo conseguiu reeleger seus conselheiros, em manobra apoiada pelos fundos de pensão Petros, Previ e Funcef – aparelhados pelos sindicalistas petistas.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
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