O cromossoma Y, responsável pelo desenvolvimento das propriedades sexuais masculinas, vai desaparecer. Mas, podem os homens todos estar descansados, tal apenas acontecerá dentro dentro de 4,5 milhões de anos.
Segundo um novo estudo de investigadores da Universidade de Kent, no Reino Unido, o sexo masculino tem os dias contados. Ou melhor dizendo, os milhões de anos.
De acordo com o que o estudo permitiu apurar, está a ocorrer lentamente, mas de forma notória, uma crescente falta do cromossoma Y, explica o geneticista Darren Griffin, um dos autores do estudo.
A somar-se a este problema, ao contrário de outros grupos de genes que vêm aos pares, as células humanas contêm apenas um cromossoma Y, razão pela qual o cromossoma não pode ser submetido à recombinação genética que ocorre em cada nova geração, o que à eliminação de mutações que afetam os genes.
Como resultado, o genoma do sexo masculino – a sua sequência de ADN – entra em degradação com o tempo, desaparecendo do genoma.
No entanto, o estudo revela também que o próprio cromossoma gera mecanismos que podem desacelerar este processo. De acordo com dinamarqueses, no cromossoma Y ocorre um processo ativo de amplificação quando aparecem várias cópias de genes responsáveis pelo funcionamento de órgãos sexuais masculinos.
Além disso, o processo de degeneração é também desacelerado pelas estruturas incomuns de palíndromo – sequências de nucleotídeos que podem ser lidas para a frente ou para trás. Caso um gene fique danificado, o palíndromo recupera-se, “copiando” a informação da metade preservada.
O artigo sublinha que mesmo que o cromossoma Y desapareça completamente, o gene SRY que determina o desenvolvimento dos genitais masculinos, pode-se transferir para outro cromossoma que, por sua vez, com o tempo também terá uma falta de recombinação.
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