Nostradamus, o profeta da aniquilação
Em 14 de dezembro de 1503, nascia o vidente que, dizem seus defensores, teria previsto a ascensão de Hitler. Conheça sua vida - e o que historiadores tem a dizer sobre suas previsões.
Sérgio Gwercman
No sótão da casa de Michel de Nostradamus passaram-se muitos anos de história da humanidade.
Era lá que todas as noites, sentado numa cadeira de bronze, ele consultava os astros.
Ao seu redor tinha espelhos, varinhas e uma tigela cheia de água que lhe servia de oráculo.
Sempre sozinho, com um bastão nas mãos, ele via uma espécie de chama surgir das águas e de repente o futuro aparecia como presente diante dos olhos.
Nostradamus então desandava a escrever aquilo que estava enxergando.
Foi assim que redigiu mais de mil profecias que sugeriam a morte de reis, a destruição de cidades, o nascimento de tiranos e o fim da vida em 3797.
Foi assim que redigiu mais de mil profecias que sugeriam a morte de reis, a destruição de cidades, o nascimento de tiranos e o fim da vida em 3797.
Nenhum outro vidente conseguiu tanta fama e foi tão respeitado em vida. Mas também ninguém gerou tanta polêmica sobre a veracidade de seu legado.
Vida turbulenta
Nostradamus conseguiu tudo isso com apenas 15 anos de trabalho.
Uma carreira meteórica.
Apesar de flertar com a astrologia desde o final da
adolescência, ele passou a maior parte da vida como médico, formado pela
Universidade de Montpellier, no sul da França.
Conseguiu o diploma mesmo
contrariando seus mestres com os tratamentos que receitava.
Em vez de sangrias,
ele interpretava a posição dos astros e recomendava água limpa, ar puro e
comprimidos à base de flores.
Ao final do curso, passou a vagar pela França oferecendo seus serviços.
Ao final do curso, passou a vagar pela França oferecendo seus serviços.
Onde
quer que estourasse uma epidemia, lá ia o doutor com seus métodos de cura
baseados em conceitos inovadores como higiene e isolamento dos doentes.
Ser um bom médico trazia dinheiro, mas também dor de cabeça.
Ser um bom médico trazia dinheiro, mas também dor de cabeça.
Estamos no início
do século 16, numa França ainda sensível aos poderes da Inquisição.
Naquela
época, salvar vidas era sinal de conhecimento médico, mas poderia ser visto como
indício de pacto com o demônio.
Para piorar, Nostradamus era descendente de
judeus convertidos ao catolicismo.
Peregrinando em busca de trabalho, passou por Toulouse, Bordeaux, Avignon, Provence.
Peregrinando em busca de trabalho, passou por Toulouse, Bordeaux, Avignon, Provence.
Em Agen, casou-se por volta de 1534 e teve dois filhos.
Mas a mulher
e as crianças morreram vítimas da peste bubônica. Irada com a incapacidade do
genro de tratar a própria esposa, a família da moça processou Nostradamus e
exigiu que ele devolvesse o dote.
Entre as provas contra o réu, estava o depoimento de um artesão para quem o médico teria dito que uma escultura da Virgem tinha a "moldagem dos demônios".
Entre as provas contra o réu, estava o depoimento de um artesão para quem o médico teria dito que uma escultura da Virgem tinha a "moldagem dos demônios".
O bafafá foi tão grande que ele foi chamado ao tribunal da
Inquisição.
Já sentindo o calor da fogueira, Nostradamus deu no pé. Sem
clientes após o escândalo, retomou a vida de errante.
Só parou em 1547, quando
se casou com uma rica viúva e se estabeleceu na pequena Salon-en-Provence.
De médico a profeta
Nostradamus e seus textos místicos causavam alvoroço entre os
franceses.
Em 1550 publicou seu primeiro Almanac.
Além de falar sobre o clima e a agricultura, o livro trazia 12 poemas de quatro
linhas.
Cada um continha uma profecia para um mês do ano. Foi um sucesso.
Estava começada a carreira de popstar de Nostradamus. Nos anos seguintes, ele continuou publicando o Almanac e trocou definitivamente as consultas médicas pelas astrológicas.
Estava começada a carreira de popstar de Nostradamus. Nos anos seguintes, ele continuou publicando o Almanac e trocou definitivamente as consultas médicas pelas astrológicas.
Surgiram lendas sobre
um certo doutor curandeiro que enxergava o futuro. U
Vida turbulenta
Nostradamus conseguiu tudo isso com apenas 15 anos de trabalho.
Uma carreira meteórica.
Apesar de flertar com a astrologia desde o final da
adolescência, ele passou a maior parte da vida como médico, formado pela
Universidade de Montpellier, no sul da França.
Conseguiu o diploma mesmo
contrariando seus mestres com os tratamentos que receitava.
Em vez de sangrias,
ele interpretava a posição dos astros e recomendava água limpa, ar puro e
comprimidos à base de flores.
Ao final do curso, passou a vagar pela França oferecendo seus serviços.
Ao final do curso, passou a vagar pela França oferecendo seus serviços.
Onde
quer que estourasse uma epidemia, lá ia o doutor com seus métodos de cura
baseados em conceitos inovadores como higiene e isolamento dos doentes.
Ser um bom médico trazia dinheiro, mas também dor de cabeça.
Ser um bom médico trazia dinheiro, mas também dor de cabeça.
Estamos no início
do século 16, numa França ainda sensível aos poderes da Inquisição.
Naquela
época, salvar vidas era sinal de conhecimento médico, mas poderia ser visto
como indício de pacto com o demônio.
Para piorar, Nostradamus era descendente de
judeus convertidos ao catolicismo.
Peregrinando em busca de trabalho, passou por Toulouse, Bordeaux, Avignon, Provence. Em Agen, casou-se por volta de 1534 e teve dois filhos.
Peregrinando em busca de trabalho, passou por Toulouse, Bordeaux, Avignon, Provence. Em Agen, casou-se por volta de 1534 e teve dois filhos.
Mas a mulher
e as crianças morreram vítimas da peste bubônica. Irada com a incapacidade do
genro de tratar a própria esposa, a família da moça processou Nostradamus e
exigiu que ele devolvesse o dote.
Entre as provas contra o réu, estava o depoimento de um artesão para quem o médico teria dito que uma escultura da Virgem tinha a "moldagem dos demônios".
Entre as provas contra o réu, estava o depoimento de um artesão para quem o médico teria dito que uma escultura da Virgem tinha a "moldagem dos demônios".
O bafafá foi tão grande que ele foi chamado ao tribunal da
Inquisição.
Já sentindo o calor da fogueira, Nostradamus deu no pé.
Sem
clientes após o escândalo, retomou a vida de errante. Só parou em 1547, quando
se casou com uma rica viúva e se estabeleceu na pequena Salon-en-Provence.
De médico a profeta
Nostradamus e seus textos místicos causavam alvoroço entre os
franceses. Em 1550 publicou seu primeiro Almanac.
Além de falar sobre o clima e a agricultura, o livro trazia 12 poemas de quatro
linhas. Cada um continha uma profecia para um mês do ano. Foi um sucesso.
Estava começada a carreira de popstar de Nostradamus. Nos anos seguintes, ele continuou publicando o Almanac e trocou definitivamente as consultas médicas pelas astrológicas.
Estava começada a carreira de popstar de Nostradamus. Nos anos seguintes, ele continuou publicando o Almanac e trocou definitivamente as consultas médicas pelas astrológicas.
Surgiram lendas sobre
um certo doutor curandeiro que enxergava o futuro. Uma delas dizia que certa vez, na Itália, ele se ajoelhou aos pés de um andarilho e chamou-o de "Sua Santidade". Quarenta anos mais tarde, o andarilho teria se tornado o papa Sisto V.
Como se vê, a partir dessa época a pesquisa histórica começa a ser
prejudicada pelo mito em torno do personagem.
Os relatos se tornam fantásticos
e de difícil comprovação. E, hoje em dia, poucos historiadores arriscam sua
reputação em considerar literalmente relatos de milagres e magia.
Para alguns intérpretes, no entanto, isso é um preconceito dos historiadores em relação a uma figura mística. "Copérnico e Nostradamus viveram na mesma época e a quantidade de material sobre eles é parecida.
Para alguns intérpretes, no entanto, isso é um preconceito dos historiadores em relação a uma figura mística. "Copérnico e Nostradamus viveram na mesma época e a quantidade de material sobre eles é parecida.
Para provar algo sobre
Copérnico, a maioria dos especialistas aceita uma ou duas fontes históricas.
Mas para falar de um astrólogo, apresentamos cinco, seis relatos e ainda existe
resistência", afirmou o americano John Hogue, autor de variados livros
sobre Nostradamus.
Não são apenas os historiadores que torcem o nariz para o vidente. Ele também era desprezado por seus vizinhos em Salon, a maioria camponeses religiosos.
Não são apenas os historiadores que torcem o nariz para o vidente. Ele também era desprezado por seus vizinhos em Salon, a maioria camponeses religiosos.
Mas
quem, vivendo na França em pleno século 16, precisava do apoio do povo se
estava cercado de mimos pela nobreza? Nostradamus fazia horóscopos para ricos
que vinham de Paris e atendia gente cada vez mais influente.
Logo resolveu dar
início a sua empreitada mais ousada: escrever o futuro da humanidade em um
livro de dez volumes.
As Centúrias
Batizado de Centúrias, cada fascículo
da obra traria 100 quadras, num total de mil profecias.
Em 1555, uma editora de
Lyon lançou as três primeiras centúrias e 53 quadras da centúria IV.
Dois anos mais
tarde foram concluídas a centúria IV, a V, a VI e
parte da VII. Rapidamente as profecias chegaram às mãos da rainha Catarina de
Médici, uma católica fervorosa que adorava se consultar com magos e astrólogos.
Uma quadra em especial, a de número 35 na primeira centúria, chamou atenção da
monarca.
O conteúdo era bastante semelhante ao que ela teria ouvido de um vidente italiano, Luc Gauric, e fazia referência à morte de seu marido, o rei Henrique II.
O conteúdo era bastante semelhante ao que ela teria ouvido de um vidente italiano, Luc Gauric, e fazia referência à morte de seu marido, o rei Henrique II.
"O jovem leão triunfará sobre o mais velho / No campo de combate na
única batalha / Perfurará os olhos através da jaula dourada / Dois ferimentos
em um, depois uma morte cruel."
A quadra é um bom exemplo da sutileza das profecias.
A quadra é um bom exemplo da sutileza das profecias.
O texto é pouco claro e só
pode ser compreendido a partir de metáforas. Como a maior parte do trabalho de
Nostradamus, não há menção direta a nomes ou datas.
Catarina mandou buscar o
autor do texto em Salon e, no dia 15 de agosto de 1556, ouviu da boca dele a
interpretação da quadra.
Para nós restou apenas a explicação dos especialistas
no assunto.
E todos concordam que Nostradamus fazia referência a um combate de lanças, que ocorreria em 1559, entre o rei (o leão mais velho) e Gabriel de Lorges, conde de Montgomery (o leão jovem).
E todos concordam que Nostradamus fazia referência a um combate de lanças, que ocorreria em 1559, entre o rei (o leão mais velho) e Gabriel de Lorges, conde de Montgomery (o leão jovem).
Durante o enfrentamento, a lança do nobre atingiu
o elmo do rei (a jaula dourada), entrou pelo olho direito de Henrique II e saiu
pela orelha. Catarina ficou viúva.
O episódio aumentou a pressão da Inquisição
sobre Nostradamus, mas também seu acesso à corte francesa. Catarina chamou-o
novamente, dessa vez para saber do futuro de seus filhos.
A influência chamou a atenção do embaixador espanhol, que escreveu uma carta ao rei Felipe II dizendo que "seria melhor punir (Nostradamus) que permitir a venda de profecias que conduzem a crenças vãs e supersticiosas".
A influência chamou a atenção do embaixador espanhol, que escreveu uma carta ao rei Felipe II dizendo que "seria melhor punir (Nostradamus) que permitir a venda de profecias que conduzem a crenças vãs e supersticiosas".
Mas os
franceses não estavam sozinhos. Na mesma época, na Inglaterra, John Dee virou
estrela na corte da rainha Elizabeth I após prever que sua irmã e rival, a
rainha Mary, teria um casamento infeliz e sem filhos.
E o próprio Felipe II
gostava tanto das visões de Teresa de Ávila que ela foi canonizada apenas 50
anos após sua morte.
Fama após a morte
Debilitado por crises de gota e artrite, Nostradamus se isolou em
Salon, onde recebeu a própria Catarina e seu filho Carlos IX, então rei da
França, em 1565. Morreu em 1566, aos 63 anos, vítima de problemas coronários.
Deixou redigida uma quadra em que previa o próprio destino. "Parentes
próximos o acharão, irmãos de sangue / Morto perto da cama e do assento",
dizia a profecia.
Assim foi feito. Numa manhã, o vidente foi encontrado sem
vida pela família exatamente no local que ele descrevera.
Mas a morte não diminuiu sua fama. Ao contrário, impulsionou as lendas em torno de seu nome.
Mas a morte não diminuiu sua fama. Ao contrário, impulsionou as lendas em torno de seu nome.
Na primeira edição das Centúrias, Nostradamus escreveu uma carta
ao filho César em que explica boa parte do seu trabalho. Até hoje, ela é uma
das principais referências para entender sua obra.
É lá que ele cita o ano de
3797 como data limite para as profecias. O vidente explica que a linguagem
complexa usada nas quadras é uma forma de esconder seu conteúdo e assim enganar
a Inquisição.
Estatua de Nostradamus na França
O texto também traz um erro: numa rara
referência a datas, o francês escreveu que 177 anos, 3 meses e 11 dias a partir
da publicação viriam "a peste, um longo período de guerras e fome e depois
a humanidade diminuirá e os homens serão tão poucos que serão insuficientes
para ocupar os campos."
Em 22 de junho de 1732, alvo da profecia, a Europa
vivia uma fase de prosperidade e paz.
A previsão furada parece não ter arranhado a reputação do profeta. Mesmo porque, quando o ano de 1732 chegou, a ideia de que Nostradamus havia sido o mais importante vidente da história já estava consolidada.
A previsão furada parece não ter arranhado a reputação do profeta. Mesmo porque, quando o ano de 1732 chegou, a ideia de que Nostradamus havia sido o mais importante vidente da história já estava consolidada.
E, num fenômeno
comum ainda hoje, a morte só ajudou a aumentar sua popularidade. A obra do
astrólogo começou a ser reeditada, compilada e até completada a partir de 1568.
Obras reeditadas
O principal responsável por isso foi o
francês Jean Aimé de Chavigny, que pode ter sido uma espécie de secretário de
Nostradamus, apesar de a exata relação entre os dois nunca ter ficado clara.
Com a ajuda de César de Nostradamus, Chavigny foi o primeiro intérprete das centúrias
e é possível que boa parte do material disponível hoje tenha sido relatado por
ele.
Os livros da edição de 1555 não sobreviveram ao tempo.
O sumiço dos originais é um problemão. Não há dúvidas de que eles realmente foram escritos, mas a mania dos especialistas de inserir interpretações ao traduzir e analisar as quadras coloca em xeque a autenticidade dos textos. Teophilus de Garencières, por exemplo, autor da primeira versão para o inglês, em 1672, usou uma edição falsa em que duas quadras haviam sido inseridas com o objetivo de atacar o cardeal francês Jules Mazarin.
O sumiço dos originais é um problemão. Não há dúvidas de que eles realmente foram escritos, mas a mania dos especialistas de inserir interpretações ao traduzir e analisar as quadras coloca em xeque a autenticidade dos textos. Teophilus de Garencières, por exemplo, autor da primeira versão para o inglês, em 1672, usou uma edição falsa em que duas quadras haviam sido inseridas com o objetivo de atacar o cardeal francês Jules Mazarin.
Além de não perceber o erro,
Garencières ainda escreveu que um período de guerra estava relacionado ao
religioso.
Entender as profecias sem a ajuda dos intérpretes, porém, é impossível. Sozinho, é preciso ser quase tão vidente quanto Nostradamus para decifrar as Centúrias.
Entender as profecias sem a ajuda dos intérpretes, porém, é impossível. Sozinho, é preciso ser quase tão vidente quanto Nostradamus para decifrar as Centúrias.
John Hogue lista as dificuldades impostas pelo astrólogo: os
anagramas, nomes antigos, tomar a parte para falar do todo, as metáforas e a
ausência de ordem cronológica. Hitler, por exemplo, é Hister, ou o homem da
cruz distorcida – uma possível menção à suástica.
Outro problema é que
intérpretes fazem análises distintas das mesmas profecias. James Randi, um
mágico canadense escreveu um livro para desmascarar Nostradamus.
Ele encontrou quatro análises diferentes para a quadra I.57 ("Por uma grande discórdia a tromba tremerá / Acordo rompido ergue a cabeça ao céu / A boca sangrando nadará em sangue / Ao solo a face de leite e mel"). As interpretações incluíam um terremoto, a morte de Luís XVI, o ataque a Pearl Harbour e a ascensão de Hitler.
Ele encontrou quatro análises diferentes para a quadra I.57 ("Por uma grande discórdia a tromba tremerá / Acordo rompido ergue a cabeça ao céu / A boca sangrando nadará em sangue / Ao solo a face de leite e mel"). As interpretações incluíam um terremoto, a morte de Luís XVI, o ataque a Pearl Harbour e a ascensão de Hitler.
"Ele ficou famoso porque escrevia muito, mais que
qualquer outro. E, como as quadras não tem sentido, podem ser aplicadas a
qualquer evento", afirma Randi.
A última profecia
Por "qualquer evento" entenda
algo catastrófico.
As mais famosas previsões estão sempre relacionadas a
revoluções, mortes ou guerras.
Falou-se até na hecatombe do planeta, que viria
na época do eclipse de 1999 ("Será precedido por um eclipse do Sol / Mais
escuro e tenebroso / Que já ocorreu desde a criação do mundo / Exceto o da
morte e paixão de Cristo"). A análise foi revista pela maioria dos
intérpretes quando a Terra continuou intacta.
Mas basta pegar edições da década
de 80 para perceber que na época autores consagrados como Jean-Charles de
Fontbrune, que vendeu mais de 1 milhão de cópias do livro Nostradamus
Historiador e Profeta, e o próprio Hogue afirmavam que o mundo sofreria um
enorme desastre em 1999.
Talvez sabendo disso, algum engraçadinho resolveu aproveitar os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, para comprovar que as profecias de Nostradamus estavam corretas.
Talvez sabendo disso, algum engraçadinho resolveu aproveitar os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, para comprovar que as profecias de Nostradamus estavam corretas.
Logo após os ataques, uma quadra grosseiramente falsa
circulou pela internet alertando para o conflito.
"Na Cidade de Deus
acontecerá um grande trovão / Dois irmãos separados pelo Caos / A fortaleza
seguirá, o grande líder sucumbe / A terceira grande guerra começará enquanto a
grande cidade está queimando."
Graças à falsa profecia, no mesmo mês, os livros sobre o vidente ocupavam a primeira, a quarta, a quinta, a 11ª, a 12ª e a 25ª colocações na lista de mais vendidos da Amazon.
1999 e 2001 passaram. Mas a reputação de Nostradamus ficou, a esperar a próxima tragédia a ser profetizada em retrospecto.
Graças à falsa profecia, no mesmo mês, os livros sobre o vidente ocupavam a primeira, a quarta, a quinta, a 11ª, a 12ª e a 25ª colocações na lista de mais vendidos da Amazon.
1999 e 2001 passaram. Mas a reputação de Nostradamus ficou, a esperar a próxima tragédia a ser profetizada em retrospecto.
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