◘ INVESTIGADORES CRIAM BEBIDA Á BASE DE BOLOTAS QUE PODE SUBSTITUIR O CAFÉ.


A equipa portuguesa criou um pó, com um sabor menos intenso, que tem que ser disperso em água e filtrado antes de ser consumido

Investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) desenvolveram um produto à base de bolotas para substituir o café, de forma a evitar os efeitos negativos que esta bebida pode ter nos consumidores.

"O café é uma das bebidas mais apreciadas e consumidas em todo o mundo. Contudo, a presença de cafeína pode causar alguns efeitos negativos nos consumidores", disse à Lusa Diana Pinto, investigadora da FFUP e uma das responsáveis pelo projeto.


Quando consumido em doses elevadas, continuou, o café pode originar ou aumentar sintomas como taquicardia, palpitações, insónias, ansiedade, tremores e dores de cabeça.

Segundo a investigadora, esses efeitos indesejáveis verificam-se igualmente em indivíduos mais sensíveis à cafeína, mesmo que não consumam elevadas quantidades de café.

"Certos consumidores com distúrbios gástricos, anemia por deficiência de ferro, hipertensos ou em situações de 'stress' podem apresentar sensibilidade aumentada ao café", referiu.

Para ultrapassar esta questão, contou a investigadora, torna-se necessário procurar alternativas para o desenvolvimento sustentável de substitutos do café, onde se incluem produtos alimentares sem valor comercial.

Neste projeto, a equipa usou as sementes de 'Quercus cerris', conhecidas por bolotas e consideradas um recurso com baixo impacto na alimentação humana, para desenvolver uma bebida que pode ser um substituto do café tradicional.

Utilizando as sementes, a equipa criou um pó, com um sabor menos intenso do que o do café, que tem que ser disperso em água e filtrado antes de ser consumido, à semelhança do que acontece com o café em pó ou com os seus substitutos.

De acordo com Diana Pinto, estas sementes são ricas em compostos antioxidantes, como polifenóis e vitamina E, e têm uma elevada captação de espécies reativas de oxigénio e de azoto.

Além disso, não apresentam toxicidade para as células intestinais.

Os próximos passos do projeto passam pela identificação e quantificação dos compostos bioativos presentes na constituição da bebida desenvolvida e pela análise sensorial do produto.

Participam no projeto os investigadores da FFUP Santiago Diaz Franco, Anabela Costa, Sónia Soares, Francisca Rodrigues e Maria Beatriz Oliveira, também membros do REQUIMTE, LAQV/Departamento de Ciências Químicas, e Snezana Cupara, Marijana Koskovac e Ksenija Kojicic, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Kragujevac (Sérvia).

Fonte: DN

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