China está retirando órgãos de
prisioneiros cristãos ainda vivos, denunciam médicos
Às vezes os prisioneiros chegam a ser mortos para que
seus órgãos possam ser retirados. Em outros momentos, seus órgãos são extraídos
enquanto eles ainda estão vivos, de acordo com o relatório.
Médicos chineses
foram denunciados por envolvimento na coleta forçada de órgãos. (Imagem:
Youtube)
Um
relatório preocupante afirma que a China continua a retirar órgãos dos
chamados “prisioneiros de consciência” em larga escala.
Grande
parte destes “procedimentos são feitos em pessoas que foram presas por
contrariar o Partido Comunista, como por exemplo, cristãos. As informações
foram divulgadas em um relatório da ‘News Corp Australia’.
Às vezes os prisioneiros chegam a ser mortos para que
seus órgãos possam ser retirados. Em outros momentos, seus órgãos são extraídos
enquanto eles ainda estão vivos, de acordo com o relatório.
Outro relatório
divulgado em junho diz que entre 60 mil e 100 mil transplantes de órgãos estão
sendo feitos em hospitais chineses a cada ano. A quantidade parece ser
questionável, já que as autoridades alegam que apenas 10 mil transplantes de
órgãos são feitos anualmente.
“O número total de
transplantes que os funcionários atribuem ao país como um todo, dez mil por
ano, é facilmente ultrapassado por apenas alguns hospitais. Seja qual for o
número total, ele deve ser substancialmente maior que os números oficiais”,
disse o relatório.
O relatório também
afirma que o transplante de órgãos na China tornou-se um negócio lucrativo. Ele
cita o desenvolvimento de novos hospitais ou novas clínicas de transplante,
sugerindo que há uma garantia de um bom ‘banco de órgãos’.
Há também muitos médicos qualificados para realizar
transplantes de órgãos, indicando uma demanda para a habilidade. Além disso,
esses profissionais estão constantemente sendo treinados.
“O transplante de
órgãos na China significa dinheiro, muita coisa”, diz o relatório.
Denúncia
Um grupo chamado ‘Médicos Contra a Colheita de Órgãos Forçados’ (‘DAFOH’) está conduzindo pesquisas sobre tais coletas de órgãos forçadas em ‘prisioneiros de consciência’. A organização diz que a China é “o único lugar onde a coleta sistemática sistemática de órgãos continua a ocorrer em massa e tudo isso sancionado pelo Estado”.
Um grupo chamado ‘Médicos Contra a Colheita de Órgãos Forçados’ (‘DAFOH’) está conduzindo pesquisas sobre tais coletas de órgãos forçadas em ‘prisioneiros de consciência’. A organização diz que a China é “o único lugar onde a coleta sistemática sistemática de órgãos continua a ocorrer em massa e tudo isso sancionado pelo Estado”.
Uma das razões para
isso é que não há legislação que proíba a prática. Pelo contrário, uma velha
lei abre o caminho para coletar órgãos de prisioneiros executados.
“Na verdade, ainda
existe uma ‘Disposição de 1984’, que permite que os presos executados sejam
usados como doadores – em violação direta à todas as diretrizes
internacionais”, disse a porta-voz do DAFOH, Sophia Bryskine, de acordo com a
NewsCorp Austrália.
Ela disse que o
sistema legal da China é “corrupto”.
“A China ainda não
confirmou que os prisioneiros de consciência foram executados somente para a
retirada de seus órgãos. Eles apenas disseram que pararam com os procedimentos
sobre os prisioneiros executados que tinham sentenças de morte”, disse Bryskine,
acrescentando que a pressão internacional é necessária para pôr fim à coleta
forçada de órgãos, sancionada pelo Estado.
O ex-legislador canadense David Kilgour e o advogado
de direitos humanos David Matas – co-autores do relatório – foram ao Parlamento
Australiano na última segunda-feira (21), para pedir aos legisladores que
intervenham na prática chinesa.
Kilgour e Matas
disseram ao Parlamento que detêm provas de que há cerca de 60 mil a 100 mil
transplantes de órgãos sendo realizados na China a cada ano. Eles disseram que
a maioria das vítimas, além dos praticantes da doutrina Falun Gong, são
cristãos, budistas tibetanos e uigures muçulmanos. O assassinato dessas pessoas
permite que a demanda por transplantes seja atendida.
Em uma conferência
de imprensa em junho, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da
China, Hua Chunying, negou os relatos sobre a coleta forçada de órgãos.
“Quanto ao
testemunho e ao relatório publicado, quero dizer que essas histórias sobre a
coleta forçada de órgãos na China são imaginárias e sem fundamento – elas não
têm qualquer base factual”, disse ela.
A China, segundo
ela, impõe “leis e regulamentos estritos sobre esta questão”.
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