Como o eleitor pagou pelas campanhas eleitorais de 2010 – sem saber
José Antonio Lima
José Antonio Lima
José Antonio Lima
José Antonio Lima
O Estadão desta segunda-feira traz uma reportagem realmente escandalosa sobre a política brasileira. É a história de como os contribuintes vão ficar com as contas de todas as campanhas eleitorais de 2010 sem saber, depois que os partidos – esquecendo todas as suas rusgas – aprovaram no Congresso um aumento de R$ 100 milhões no Fundo Partidário.
O jornal mostra que os principais beneficiados são o PT e o PSDB, os que mais gastaram por conta da disputa entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) pela Presidência da República. O PT receberá R$ 16,8 milhões, o que servirá para acabar com suas dívidas, e o PSDB receberá R$ 11,4 milhões, o que deve garantir um superávit nas contas dos tucanos.
O que piora a situação é que a presidente Dilma Rousseff não gostou da manobra realizada pelos partidos, mas, tal qual uma refém, não comprou a briga, temendo retaliações em votações importantes para o governo.
Depois de o Estado ter revelado a manobra para "estatizar" dívidas da campanha de 2010, em janeiro passado, Dilma chegou a avaliar a possibilidade de vetar a injeção de R$ 100 milhões no cofre dos partidos. Assessores fizeram circular a versão de que ela teria ficado insatisfeita com a atitude dos parlamentares, principalmente em um momento em que seria necessário anunciar cortes para equilibrar as contas do governo. Mas Dilma não enfrentou o lobby dos partidos. Em uma reunião com a presidente, em fevereiro, os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais), ambos do PT, disseram-lhe que o aumento do fundo havia sido fruto de acordo entre legendas da base e da oposição. Os ministros temiam que o descontentamento com um eventual veto se refletisse em votações de interesse do governo no Congresso – principalmente a do salário mínimo. |
A dolce vita de Luiz Estevão
Quem não se lembra de Luiz Estevão? No ano 2000, ele se tornou o primeiro senador cassado no Brasil, graças à "parceria" com Nicolau dos Santos Neto, então presidente do TRT, que resultou em um desvio de vários milhões de reais em recursos públicos. Na edição desta semana, ÉPOCA mostra que, mesmo condenado, há cinco anos, a 31 anos de cadeia por corrupção ativa, peculato, formação de quadrilha, estelionato e uso de documento falso, Estevão continua desfrutando de seus bilhões em Brasília, graças aos inúmeros recursos que a Justiça permite. O mais escandaloso é que Estevão continua fazendo negócios com o governo, e com diversos braços deste, que vão desde ministérios até a Polícia Federal.
Enquanto a Justiça embroma, Estevão, mesmo com seus bens bloqueados, prospera. Não só prospera, como prospera fazendo negócios com o governo – precisamente com os bens bloqueados. Para burlar o bloqueio e alugar a quem bem entender seus imóveis, Estevão criou uma rede de empresas em nome de laranjas. Entre os clientes que fecharam contrato de aluguel com essas empresas, constam os ministérios da Educação e da Integração Nacional, a Secretaria de Portos, a Defensoria da União e, acredite, a Polícia Federal (PF). Não é um prédio qualquer da PF. Trata-se da discreta sede do Departamento de Inteligência da PF, a unidade de elite dos federais. A empresa que firmou contrato com a PF está em nome do filho de Estevão. A família Estevão conseguiu comprar o terreno onde está a sede da PF em 2006, quando seus bens já estavam bloqueados – e ainda levantou prédios no local sem que o governo o impedisse de levar a empreitada adiante. |
A carta em que Agnelli avisou Dilma sobre as suspeitas de irregularidades em prefeitura do PT
A edição desta semana da revista ÉPOCA traz uma reportagem que ajuda a entender como o governo armou um cadafalso sob Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, afastado do cargo depois de uma forte pressão do Planalto. ÉPOCA revela uma carta enviada por Agnelli à presidente Dilma Rousseff em março, na qual o executivo alertava o Planalto sobre um esquema de corrupção envolvendo a cobrança de royalties por parte da prefeitura de Parauapebas (PA). É na cidade paraense que fica Carajás, a maior mina de ferro a céu aberto do mundo.
A administração municipal de Parauapebas é do PT e está sendo investigada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. E o que chama a atenção é que, após Agnelli começar a falar sobre o caso, a pressão sobre ele aumentou bastante.
A campanha contra Agnelli foi deflagrada no início de março por determinação de Dilma. Sem cerimônias, o Planalto despachou o ministro Guido Mantega, da Fazenda, a Osasco, em São Paulo, para convencer o Bradesco, principal sócio privado da companhia, a aceitar a substituição de Agnelli. Em outra frente, o ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, pressionou publicamente a mineradora a pagar R$ 5 bilhões de royalties pela exploração do solo no país, soma além dos valores que a Vale recolhe regularmente todo ano. A empresa contesta o débito na Justiça. É nesse contexto que entra Parauapebas. Do total da suposta dívida dos royalties, R$ 800 milhões caberiam ao município paraense, administrado desde 2005 pelo petista Darci José Lermen. Enquanto cobra a fatura da Vale, Lermen enfrenta o escrutínio do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará e do Ministério Público Estadual. Os dois órgãos querem saber onde foram aplicados os R$ 700 milhões que a cidade já recebeu da mineradora nos últimos anos. |
A ligação que entregou Bin Laden
dom , 8/5/2011
Redação ÉpocaMundo Tags: 080511, Estados Unidos, Osama bin Laden, The Washington Post
Redação ÉpocaMundo Tags: 080511, Estados Unidos, Osama bin Laden, The Washington Post
Bob Woodward, o premiado repórter do The Washington Post que revelou (junto com Carl Bernstein) o caso Watergate, que derrubou o ex-presidente americano Richard Nixon, nos anos 1970, publicou reportagem na edição de sábado do jornal com um retrato exclusivo sobre a operação de inteligência realizada para pegar Osama bin Laden. A informação mais preciosa é a que abre a reportagem, a de que um único telefonema deu a dica do paradeiro do chefe da Al Qaeda.
Parecia um inócuo telefonema. No ano passado, Abu Ahmed al-Kuwaiti, pseudônimo de um paquistanês conhecido da Inteligência americana como o principal mensageiro de Osama bin Laden, recebeu uma ligação de um antigo amigo. Por onde você andou?, perguntou o amigo. Nós sentimos falta de você. O que tem ocorrido na sua vida? O que você anda fazendo? A resposta de Kuwaiti foi vaga, mas com muito portento. "Estou de volta com as pessoas que estava antes". |
A partir daí, a Inteligência americana teve a certeza que Al Kuwaiti estava trabalhando novamente com Bin Laden, e passou a seguí-lo, até chegar ao complexo de Abbottabad, no Paquistão, onde os SEALs mataram Bin Laden. A reportagem, abundante em informações de bastidores, revela quatro detalhes que antes não tinham sido divulgados: uma pessoa – talvez Bin Laden – andava pelo complexo de Abbottabad todos os dias por algumas horas; todos que deixavam o local dirigiam por uma hora e meia antes de colocar a bateria no aparelho celular (para evitar rastreamento); alguns dos conselheiros de Obama achavam que as chances de Bin Laden estar no esconderijo eram de apenas 40%; e que Obama viu a operação inteira por meio de um vídeo sem som.
Outra revelação é que Obama, mesmo em uma situação tensa como essa, conseguiu manter seu humor característico.
Quando o cadáver de Bin Laden estava no chão, um dos SEALs da Marinha recebeu o pedido de deitar ao lado para comprar as alturas. O SEAL tinha seis pés de altura. O corpo era várias polegadas maior [a informação dos EUA é de que Bin Laden teria seis pés e quatro polegadas de altura]. Após a informação ser passada para Obama, ele virou para seus conselheiros e disse: "Perdemos um helicóptero de US$ 60 milhões nesta operação. Não podíamos ter comprado uma fita métrica? |
▒▓███ JESUS CRISTO É O MEU SENHOR ███▓▒
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