• O PESO POPULAR NA DECISÃO DAS CONTAS DE DILMA NO "TCU"

A presidente Dilma Rousseff recebe os chefes de Estado dos países que integram o Mercosul no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF)

O peso popular na decisão do TCU

As contas de Dilma Rousseff: pressão popular também conta no TCU
(Evaristo Sá/AFP)


A maior parte dos ministros do TCU ainda não decidiu de forma irreversível seu voto na análise das contas do governo em 2014, o que inclui as "pedaladas fiscais". 
A decisão final será tomada apenas depois que o governo entregar sua defesa final, na semana que vem. 
Mas é certo que o clima, hoje, é de hostilidade sem precedentes ao Executivo. 
Em primeiro lugar, por causa do uso indiscriminado das manobras fiscais. 
O governo argumenta que o problema ocorreu também em anos anteriores. 
Mas os ministros têm em mão provas robustas de que, em vez de uma prática episódica, o governo Dilma transformou as pedaladas em método de gestão econômica. 
E esse não é o único fator a jogar contra Dilma Rousseff no TCU. 
O governo deveria ter contingenciado gastos já em agosto, quando havia dados suficientes mostrando que a meta de superávit não seria cumprida. 
Em vez disso, pisou no acelerador. 
Os gastos com o Fies, por exemplo, triplicaram no período das eleições e caíram mais de 90% após o pleito. 
Como se isso fosse pouco, existe um fator decisivo: a rejeição elevada ao governo de que Dilma Rousseff: 
"A opinião pública já decidiu", argumenta um ministro do tribunal que é sincero ao admitir a importância da pressão popular sobre as decisões do TCU. 
Ele enxerga uma disposição dos colegas em aplicar uma punição exemplar nesse caso. 
(Gabriel Castro, de Brasília)

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