A empresa, investigada por formação de pirâmide financeira no Brasil e nos Estados Unidos, publicou comunicado em seu site nesta sexta-feira
Comunicado no site da Telexfree (Reprodução)
A TelexFree, empresa investigada no Brasil e nos Estados Unidos por formação de pirâmide financeira, anunciou a suspensão geral de suas atividades em comunicado publicado em seu site nesta sexta-feira.
A nota em inglês diz que os negócios foram interrompidos "enquanto estamos resolvendo certos assuntos com a Corte de Falências e outros procedimentos com a SEC (Securities and Exchange Comission, a Comissão de Valores Mobiliários americana) e outros órgãos governamentais".
Os bens da TelexFree foram bloqueados pela Justiça de Massachussetts em abril e o diretor financeiro da empresa, Joseph Craft, foi pego tentando fugir com inúmeros cheques no valor de 38 milhões de dólares destinados aos sócios da empresa, o brasileiro Carlos Wanzeler e o americano James Merrill. Desde então, aqueles que tentavam acessar o sistema da TelexFree recebiam uma mensagem de que o site estava fora do ar.
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Já a filial brasileira está sob investigação desde o ano passado por prática de pirâmide no Brasil, com os bens bloqueados e impedida de funcionar por uma decisão da Justiça do Acre. Ela foi recentemente condenada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon/MJ) a pagar uma multa de 5,59 milhões de reais por operar "esquema financeiro piramidal", que é crime contra a economia popular no Brasil.
Na nota, a empresa disse continuar acreditando no VoIP da TelexFree e diz que não pode afirmar quando e se conseguirá convencer a Justiça americana da legalidade do produto, contudo, a nota tem tom de esperança: "Nós continuamos esperançosos de que vamos obter a aprovação da Corte de Falências para reiniciar as operações diárias e reestruturar os negócios de VoIP da TelexFree", diz o comunicado.
Na última sexta, um dos proprietários da TelexFree, James Merrill, de 53 anos, foi detido nos Estados Unidos em Worcester, no Estado americano de Massachusetts. Ele e o brasileiro Carlos Wanzeler são acusados pela Promotoria Federal dos EUA por operar um esquema de pirâmide de 1 bilhão de dólares. Wanzeler é tido como foragido pela Justiça dos EUA, que acredita que ele fugiu para o Brasil. A esposa de dele, Katia Wanzeler, de 49 anos, foi presa na noite da última quarta-feira no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, ao tentar deixar o país. Nesta sexta-feira ela teve o pedido de fiança negado pela Justiça americana.
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