PF descobre que ex-diretor da Petrobras tem passaporte português
O Globo Paulo Roberto Costa omitiu cidadania portuguesa e entregou à polícia apenas passaporte brasileiro
Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sai da prisão após decisão do ministro do STF Teori Zavascki Daniel Castellano / AGP
BRASÍLIA - A Polícia Federal descobriu que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais alvos da Operação Lava-Jato, tem cidadania e passaporte portugueses.
Segundo uma autoridade policial, o ex-diretor não entregou o documento à Justiça Federal, nem mesmo quando pediu para responder aos processos da Lava-Jato em liberdade.
Ele teria devolvido o passaporte brasileiro e guardado o documento português.
Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido do advogado Fernando Fernandes e mandou soltar o ex-diretor, que estava preso desde 20 de março.
O ex-diretor foi o único dos 12 presos da Lava-Jato beneficiado pelo habeas corpus concedido por Teori.
Os demais investigados, entre eles o doleiro Alberto Youssef, continuam presos.
A determinação inicial do ministro era para soltar todos os acusados.
Mas a ordem foi reconsiderada menos de 24 horas de depois que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, alertou o ministro sobre riscos de fuga de Youssef e da também doleira Nelma Kodama.
Os dois teriam somas expressivas de dinheiro no exterior.
Para a PF, com nacionalidade e passaporte portugueses Paulo Roberto também entra no grupo de risco de fuga.
Procurado pelo GLOBO no final da manhã desta segunda-feira, Fernando Fernandes, responsável pela defesa de Paulo Roberto, disse que desconhecia o caso e não saberia dizer se o cliente devolveu ou não o passaporte português.
Momentos depois, enviou mensagem por telefone para dizer que, segundo advogados de Paulo Roberto em Curitiba, o documento já foi entregue à Justiça Federal.
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