Recorrer à Justiça é um direito de todo cidadão.
É um sinal, então, de que ela reconhece o ordenamento jurídico
brasileiro, que cuida do seu impeachment
A presidente
Dilma Rousseff afirmou que vai pedir ao STF que investigue o vazamento da
informação de que a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao STF um pedido
para que seja aberto um inquérito contra ela. Afirmou depois do lançamento do
Plano Safra 2016-2017:
“Lamento, mais uma vez, que algo muito grave tenha acontecido.
O vazamento de algo pela imprensa, algo que,
ao que tudo indica, estava sob sigilo e, estranhamente, vaza às vésperas do
julgamento do Senado.
Aqueles que vazaram têm interesses escusos
inconfessáveis.
Eu vou solicitar ao ministro da AGU (Advocacia-Geral da União)
que solicite a abertura, no Supremo, para apurar esses vazamentos”.
Não entendi exatamente o que ela
quis dizer nem o que pretende, mas noto que recorrer à Justiça é um direito que
assiste a todos os cidadãos.
Já escrevi mais de uma vez aqui
que não aprovo que funcionários públicos vazem informações sigilosas.
E já
escrevi também que cabe à imprensa publicar o que apura.
Os jornalistas sabem, no entanto,
que, quando na oposição, petistas são notórios vazadores de documentos que
estão sob sigilo.
Não só isso: seus quadros, incrustados em órgãos públicos,
são notórios invasores de dados sigilosos de adversários, protegidos pela
Constituição.
Se vai recorrer ao STF, suponho
que reconheça ao menos o ordenamento jurídico brasileiro, não é?, o mesmo que
encaminha o seu impeachment.
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