Suzete Macedo de Oliveira estava foragida desde a última sexta-feira. Ela se apresentou acompanhada do marido na manhã desta quarta-feira 25/05/2016
O senador Telmário Mota durante
sessão no Senado Federal, que vota o impeachment da presidente Dilma Rousseff -
11/05/2016 (Pedro França/Ag. Senado)
A médica Suzete Macedo de Oliveira, mulher do senador Telmário Mota
(PDT-RR), se entregou à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira.
Suzete chegou
à sede da PF acompanhada do senador por volta das 10 horas.
Ela era considerada
foragida desde a última sexta-feira, quando teve a prisão decretada pela
Justiça.
A mulher do senador foi condenada a seis anos e oito meses de prisão por
envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas que ficou conhecido como
"escândalo dos gafanhotos".
Suzete permanecerá na sede da PF em Boa
Vista e participará de audiência de custódia nesta quinta-feira.
O senador
classificou a prisão da mulher como 'política e não jurídica'.
A apresentação
de Suzete à PF foi uma forma de não "criar constrangimentos e ela
aguardará o habeas corpus que será impetrado por seus advogados", segundo
a assessoria de Mota.
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Nesta terça-feira, o ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP) se
entregou à Polícia Militar e foi encaminhado à sede da PF após tentativa de
fuga para a Venezuela.
Campos também estava foragido da Justiça e cumprirá
treze anos e quatro meses de prisão por envolvimento no mesmo esquema de
corrupção no qual Suzete foi condenada.
Juntamente com ele, foi presa a secretária de Estado de Relações
Institucionais, Fátima Rocha, suspeita de colaborar com a tentativa de Campos
de fugir para a Venezuela.
Campos é marido da atual governadora do estado de
Roraima Suely Campos (PP).
Escândalo dos gafanhotos - A operação Praga do Egito, que
ficou popularmente conhecida como escândalo dos gafanhotos, foi deflagrada pela
Polícia Federal em 2003 no estado de Roraima para apurar supostos desvios de
verbas públicas praticadas por governantes, ex-parlamentares e funcionários do
alto escalão do Tribunal de Contas do Estado e do Poder Executivo.
Os desvios aconteciam na contratação de funcionários fantasmas que
compunham a folha de pagamento do estado e tinham os salários embolsados pelos
envolvidos no esquema.
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