O presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
(Moreira Mariz/Ag. Senado)
Conversa foi gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato
Em mais uma conversa
gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aparece dizendo que tentou evitar a
recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para o cargo, mas
que "estava só".
Responsável por pedir a abertura de inquéritos
contra Renan e outros políticos no âmbito da Lava Jato, Janot foi alçado ao
comando do Ministério Público Federal por mais dois anos em agosto do ano
passado.
O áudio foi divulgado peloJornal Hoje, da TV Globo, nesta sexta-feira.
A conversa teria ocorrido entre fevereiro e março deste ano.
O ex-presidente da
Transpetro inicia o assunto dizendo que o Senado deveria ter impedido a
nomeação de Janot.
"Hoje, eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido
esse b..., não", diz ele.
Renan o questiona sobre a quem estaria se
referindo, ao que Machado responde:
"Ter reconduzido o Janot. Tinha que
ter comprado uma briga ali". Renan, então, responde:
"Eu tentei...
Mas eu estava só". Em outros áudios, divulgados ontem, Renan chama Janot
de "mau caráter" e aguém que "faz tudo" que a força-tarefa
da Lava Jato quer.
Na outra conversa
revelada pelo Jornal Hoje nesta sexta-feira, o ex-presidente
José Sarney fala com o ex-presidente da Transpetro sobre a prisão do
marqueteiro das campanhas de Dilma e Lula, João Santana, pela Operação Lava
Jato.
No diálogo, Sarney afirma que Dilma está "envolvida
diretamente" no caso do marqueteiro por ter sido ela "quem falou com
o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo
Santana".
Em áudios
divulgados anteriormente, Sarney afirma que a delação do ex-presidente da
empreiteira Marcelo Odebrecht era como uma "metralhadora de ponto
100" que iria implicar a petista no esquema.
"Vão livrar a cara do
Lula. E vão pegar a Dilma", disse ele.
A Lava Jato investiga as suspeitas
de que João Santana
recebeu dinheiro da Odebrecht como pagamento de propina por
contratos obtidos na Petrobras.
A assessoria de
Renan Calheiros afirmou, por meio de nota, que o peemedebista agilizou a
recondução do procurador ao cargo.
Já a assessoria de Dilma afirmou que todos
os pagamentos feitos ao publicitário na campanha de reeleição, em 2014, foram
contabilizados na prestação de contas.
Ligado à alta
cúpula do PMDB, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, alvo da Lava
Jato, gravou conversas com caciques do partido para conseguir fechar acordo de
delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
A colaboração foi homologada pelo
Supremo Tribunal Federal na terça-feira.
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(Da
redação)
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