Publicado em 23 de mar de 2019
Nos últimos cinco
dias, o General Paulo Chagas, que fez carreira em Brasília e está na reserva há
12 anos, após 38 anos de serviço militar, usou o Twitter para se posicionar em
relação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Chagas afirmou, com todas as letras,
que não confia na Suprema Corte Brasileira. As declarações provocaram fortes
reações nas redes sociais.
“Não é sem razão, nem tampouco sozinho, que o
jornalista José Nêumanne Pinto afirmou ao ministro Marco Aurélio Mello que não
confia na nossa Suprema Corte! Eu também não confio!”, escreveu.
Para ele, os
ministros são os principais responsáveis pela perversão das instituições. “Os
ministros do STF devem ser os principais alvos do inquérito mandado instaurar
por Dias Toffolli. Eles são os grandes responsáveis pelas agressões e pela
desmoralização das instituições republicanas.
A Suprema Corte é o único poder
que ainda guarda vínculo total com a “era pós moral” iniciada no final dos anos
80.
Cabe ao Senado Federal o dever constitucional e patriótico de limpar o STF
de todos que ainda guardam vínculos com esse tempo”, disse. Em outra
publicação, o militar enfatiza a importância da pressão popular para que
investigações sobre os ministros avancem.
“A pressão popular sobre os ministros
do STF está surtindo efeito. Se quem não deve não teme, por que Gilmar Mendes e
Toffolli estão tão agressivos? O desespero indica que estamos no caminho da
verdade!”, pontuou. Chagas destacou que não é cético em relação a Justiça
brasileira e afirmou que ainda existem magistrados que honram seu papel como
representantes da nação.
“Ainda há juízes no Brasil e a Justiça brasileira não
é o STF! Eles são maiores do que os supremos ministros e a LAVA-JATO não é tão
débil que possa ser morta pelo STF! Moro, Dallagnol e a bancada da lei e da
ordem no Congresso, em nome do povo, vencerão a corrupção e a impunidade!”. Em
seguida, veiculou outro texto.
“Guardo sincera esperança de que ao conjunto dos
11 ministros do STF prevaleça a isenção e os exemplos dos grandes e verdadeiros
juristas que por lá já passaram, antes que, ao arrepio ou não da Constituição,
um Tribunal de Exceção tenha que ser criado para ajudá-los e fazer-lhes a vez.”
E finalizou dizendo:
“A Incompetência, a Arrogância, a Irresponsabilidade e o
Desrespeito dos atuais ministros do STF para com a lógica da Justiça são as
melhores provas do seu comprometimento ideológico e/ou moral com a canalha
presa ou a ser presa por corrupção.”
Como general, Paulo Chagas liderou a 7ª
Brigada de Infantaria Motorizada (Natal/RN), condiziu o Gabinete do
Estado-Maior do Exército (EME), a Seção de Adidos Militares acreditados no
Brasil e no exterior e a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (Assuntos
Internacionais).
Articulou ativamente as atividades de delegações do Exército
Brasileiro em conferências bilaterais, foi secretário-geral da Conferência dos
Exércitos Americanos como 5º subchefe e chefe da Equipe Militar Brasileira nos
Campeonatos Mundiais Militares de Equitação
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