A Oxfam International, uma confederação que atua em vários países pela erradicação da pobreza e injustiça, publicou em seu estudo as 10 empresas que controlam o mercado alimentício no mundo.
Muitas delas não conhecemos pelo nome, passa despercebido pelo nome do produto, mas quando compramos algo, que seja um biscoito no bar da esquina, veremos essas marcas presentes.
Por exemplo ao comprar um Matte Leão você está comprando um produto da marca Coca Cola, os biscoitinhos da ElmaChips assim como o Toddynho, pertecem a PepsiCo, que também integra uma das 10 mais poderosas empresas alimentícias.
A publicação chamada “Behind the Brands” (Por trás das Marcas), trouxe à tona o nome das mais influentes empresas de bebidas e alimentos. Essas empresas são tão poderosas que suas políticas podem afetar diretamente na dieta e também na forma de trabalho das pessoas de todo o mundo, assim como em nosso ambiente.
“Se você olhar no grande mercado alimentício, é difícil de entender. Apenas um pequeno grupo de indústrias podem ditar as escolhas alimentícias que fazemos, seus fornecedores e as variedades”, diz Chris Jochnick, diretor do setor privado da Oxfam America.
No ano de 2013, cinco dessas companhias tinham pelo menos $50 bilhões em posse, enquanto quatro teve $6 bilhões só de lucro em um ano. Somados, o número de empregados passam de 1,5 milhões de pessoas nessas empresas.
A Nestlé é a maior das 10 indústrias. Convertido em dólar, a indústria teve mais de $100 bilhões em vendas e mais de $11 bilhões em lucros no ano de 2013.
A Oxfam qualificou a Nestlé como a melhor dentre as 10 empresas, seguida pela Unilever.
Mas até mesmo as mais bem colocadas apresentam problemas.
Crianças estavam trabalhando no fornecimento de cacau para a Nestlé, e também em situações de trabalho forçado. Já no Paquistão a Nestlé foi acusada de engarrafar e vender água do local para vilarejos que não podem arcar com os custos.
O impacto que essas empresas geram na vida de grande parte da população mundial é imenso. Por isso algumas empresas como a General Mills e Kellogg, presentes entre as 10, implementaram novas formas de trabalho levando em consideração problemas como a mudança climática, garantindo a transparência e redução sobre seus gases emitidos.
Hoje, um terço da população depende de produções agrícolas de baixa escala para suas necessidades básicas. E ainda que a agricultura produza mais do que o necessário para alimentar todos os habitantes da Terra, um terço dessa comida é desperdiçada, 1.4 bilhões de pessoas estão com o peso acima do indicado, e outras 900 milhões vão dormir com fome todas as noite.
Um estudo completo pode ser visto no já citado site da Oxfam.
A não ser que possamos produzir nossa própria comida assim como muitos grupos instalados em ecovilas vêm fazendo, é muito difícil não fazer parte desse sistema, que de certa forma é um controlador da sociedade.
https://tonocosmos.com.br/10-empresas-alimenticias-controlam-o-que-voce-come-2
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