Em reportagem desta semana, o jornal norte-americano "The New York Times" destaca e tenta compreender os altos preços de diferentes produtos e serviços no Brasil, como os aluguéis, as passagens de ônibus, celulares e até a pizza, que chega a custar mais de US$ 30 (em média R$ 66 reais), como aponta a reportagem.
Segundo o jornal, a inflação, os gargalos no transporte e o protecionismo são os fatores que influenciam os preços altos, mas conclui que, com base na análise de economistas, muito da culpa pelos valores exorbitantes praticados aqui está no “sistemas de impostos disfuncional”.
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De acordo com a reportagem, o sistema de impostos brasileiro prioriza taxas de consumo, que são relativamente fáceis de coletar, em detrimento do imposto de renda. Lacunas nas leis, ainda, permitem que os mais ricos, assim como investidores e grandes empresas, evitem a taxação de grande parte de sua renda. Pequenas empresas e as classes média e baixa acabam não tendo o mesmo benefício.
Além disso, com os produtos bem mais caros que no exterior - como o Samsung Galaxy S4, que custa quase o dobro do preço do mesmo modelo nos EUA -, alguns brasileiros preferem comprar em outros países e até tentam burlar as regras de importação de produtos, segundo o jornal, que destaca como uma iniciativa positiva o detalhamento de impostos nas notas fiscais.
Nesse ano, pela quarta vez consecutiva, o Brasil ocupa o último lugar quanto a oferta de serviços públicos de qualidade à população entre os 30 países com as maiores cargas tributárias do mundo, como mostra estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Desde o começo do ano até agora, os brasileiros já pagaram cerca de 880 bilhões de reais em impostos, segundo o Impostômetro.
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