Com protestos, postos começam a ficar sem combustíveis no Paraná
Published on fevereiro 25, 2015
Caminhoneiros estão bloqueando vários pontos das rodovias do estado.
Em Foz do Iguaçu, aeroporto criou plano para evitar desabastecimento.
Os postos de combustíveis de alguns municípios do sudoeste e do oeste do Paraná já estão sentido os reflexos do protesto dos caminhoneiros, que fazem bloqueios em várias rodovias do estado desde o dia 13 de fevereiro.
Em Francisco Beltrão, temendo o desabastecimento muitos motoristas decidiram encher o tanque, o que fez reduzir os estoques mais rápido.
A região é a que mais concentra trechos interditados no estado.
Na manhã desta segunda-feira (23), nove postos estavam sem combustíveis na cidade.
No restante, o estoque deve terminar até o início da tarde, estimam os proprietários.
No caso de desabastecimento total, a alternativa, aponta o auxiliar administrativo Gustavo Oliveira, será cruzar a fronteira e abastecer em Bernardo de Irigoyen, na Argentina, a cerca de 80 km.
Nos municípios vizinhos, como Dois Vizinhos, e em Pato Branco, na mesma região, motoristas formaram longas filas para abastecer.
O primeiro a acabar foi o etanol, ainda na noite de domingo (22), sobrando apenas gasolina aditivada.
Em Foz do Iguaçu, no oeste, alguns postos estão sem combustíveis desde sábado (21).
Para evitar o desabastecimento, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estabeleceu um plano de contingência.
Desde a tarde de domingo, as aeronaves menores, particulares, não estão sendo abastecidas.
Já a orientação para os voos regulares é para que os aviões que passarem pela fronteira voem com combustível suficiente para seguirem viagem para outros pontos do país.
A reserva atual é suficiente para até a meia-noite, afirma a superintendência local.
Os caminhões que distribuem o combustível estão parados nos bloqueios feitos pelos caminhoneiros nas rodovias federais e estaduais do Paraná.
Na tentativa de desviar as barreiras, alguns motoristas estão percorrendo estradas rurais. Ainda no domingo, dois caminhões-tanque foram descobertos pelos manifestantes em vias alternativas e foram impedidos de seguirem viagem.
Os protestos por melhores estradas, redução do preço dos combustíveis e contra os altos preços do pedágio no Paraná e dos impostos tiveram início no dia 13 e ganharam força logo depois do feriado de carnaval.
A categoria reivindica ainda mudanças na tabela do frete para que seja cobrado por quilômetro rodado, não mais por viagem.
Até as 10h, dez bloqueios eram registrados nas rodovias estaduais: PR-471, km 222, em Nova Prata do Iguaçu; PR-280, km 255, em Marmeleiro, km 194, em Mariópolis e km 170, em Clevelândia; PR-281, km 535 e 540, em Dois Vizinhos; PR-483, km 001, em Francisco Beltrão; PR-566, km 012, em Itapejara do Oeste; PR-493, km 030, também em Itapejara; PRC-158, km 528, em Victorino e PR-466, em Jardim Alegre.
As rodovias federais que estão interditadas são: BR-163, km 64, em Pérola do Oeste; km 32, em Santo Antônio do Sudoeste; BR-376, km 245, em Apucarana, km 179, em Arapongas; BR-277; kms 338 e 345; BR-116, km 115, em Fazenda Rio Grande.
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