Diplomata iraquiano apresentou ao Conselho de Segurança da ONU um relatório detalhando a venda ilegal de órgãos humanos feita pelos jihadistas
Milícia iraquiana posam com bandeira do Estado Islâmico (Youssef Boudlal/Reuters)
O governo do Iraque denunciou nesta quarta-feira à Organização das Nações Unidas (ONU) que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está traficando órgãos humanos no mercado negro para se financiar. "Nós temos os corpos. Venham examiná-los, é evidente a falta de órgãos”, disse o embaixador do Iraque na ONU, Mohammed Ali al Hakim. Segundo a denúncia, cada rim vendido ilegalmente – um dos órgãos mais traficados – rende cerca de 130.000 dólares (mais de 350.000 reais) aos jihadistas.
O diplomata iraquiano apresentou um relatório sobre a situação para o Conselho de Segurança da ONU e cobrou uma postura mais firme da aliança Ocidental que combate o EI para coibir a prática de extração e venda ilegal de órgãos. A denúncia iraquiana também afirma que os jihadistas matam os médicos que se recusam a cooperar com eles na retirada de órgãos.
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“Nas últimas semanas, foram mortos pelo menos dez médicos que se recusaram a retirar órgãos", disse Hakim, complementando que o governo iraquiano encontrou valas comuns com muitos corpos violados e sem alguns órgãos.
Além do tráfico de órgãos, Hakim também acusou os jihadistas de venderem ilegalmente no exterior artefatos arqueológicos roubados nas diversas cidades que eles saqueiam. Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que tentaram bloquear as fontes de financiamento de grupos terroristas no Iraque e na Síria. Os jihadistas são financiados, entre outras fontes, de venda ilegal de petróleo, saques, sequestros e de remessas ilegais de dinheiro de simpatizantes no exterior.
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