ESSE MINISTRO OU É LEIGO, OU É MUITO ESPERTO COMO SUA CHEFE.
ISTO NÃO FOI ESCORREGADINHA NÃO, ISTO FOI UM CRIME CRUEL CONTRA O PAIS,
E CONTRA O POVO, INCOMPETENCIA, MÁ GESTÃO E MÁ FÉ.
Ministro da Fazenda voltou a defender mudanças em benefícios trabalhistas
Para plateia de
empresários, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a defender as medidas
de ajuste fiscal - Marcos Alves / Agência O Globo
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, voltou a defender nesta segunda-feira as medidas de ajuste para
que o país retome o equilíbrio fiscal para voltar a crescer. Em evento da
Câmara de Comércio Brasil-França, Levy afirmou que houve “uma escorregadinha”
no controle das contas públicas, mas que o senso de responsabilidade fiscal
veio para ficar.
— Um país mostra sua maturidade quando
certos princípios são adotados por um grupo maior de pessoas, como houve com a
responsabilidade fiscal nos últimos anos. A gente pode ter tido uma
escorregadinha, mas a realidade agora é esse comprometimento que vai permitir
que os juros tenham redução. O sentimento hoje é de uma curva longa declinante
— disse.
Segundo Levy, o país experimentou um
desequilíbrio fiscal significativo em 2014, alcançando um déficit nominal de
quase 7% do PIB.
— Um déficit fiscal de 7% não é muito
sustentável.
Levy reafirmou a disposição do governo
de acabar com desonerações e incentivos fiscais que acabaram afetando a
economia, sem a contrapartida de aumento de empregos e competitividade. Por
isso, o desafio hoje inclui “reformas estruturais significativas”.
Ele destacou o ataque a “distorções” em
instrumentos como o seguro desemprego as as pensões por morte.
— O conceito de seguro se distingue do
conceito de complementação (de renda). Seguro desemprego e pensão por morte têm
objetivo de proteger contra o inesperado, não estabelecer um sistema de suporte
— disse.
Ainda sobre o seguro desemprego e as
pensões, Levy afirmou que as mudanças propostas são “para tornar esses
instrumentos mais fortes para as funções para as quais foram desenhados”.
Levy voltou a dizer a uma plateia de
empresários que o BNDES não mais terá o fôlego financeiro dos últimos anos.
— Parte do aumento da dívida pública,
quase R $ 500 bilhões, se deve ao BNDES, cuja atuação foi importante, mas
teremos que ter alternativa para isso — disse.
O ministro ressaltou que o ajuste em
curso nas contas públicas tem justamente o objetivo de trouxer estabilidade e
diminuir riscos para que haja um aumento dos financiamentos privados na
economia.
— Temos que ter uma situação fiscal
mais sólida para que as empresas tomem mais riscos — disse.
Levy falou em fortalecer instrumentos
como as debentures e de fundos de longo prazo para financiar a infraestrutura,
tornado-os ativos de classe mundial para atrair mais investidores
internacionais.
— Deve-se olhar para esses instrumentos
a fim de torná-los ativos internacionais.
Questionado sobre os problemas que a
crise hídrica e de energia trazem ao setor produtivo, Levy elogiou a atual
política de realismo tarifário do governo Dilma Rousseff.
— O governo tomou medidas corajosas. O
realismo tarifário dos preços de energia é importante, traz segurança ao setor
elétrico.
O ministro esquivou-se de responder a
uma série de perguntas que lhe foram feitas por presidentes de grandes
multinacionais francesas — que iam da prosaica burocracia excessiva existente
no país à elevada volatilidade da taxa de câmbio, passando pela carga
tributaria —, e disse:
— Não é exatamente minha inclinação
prometer soluções rápidas e fáceis, mas temos uma estratégia com medidas que
consideramos cruciais e vamos atacá-las. É a agenda de respostas ao novo
ambiente que estamos vivendo. Que tem os EUA mudando sua política monetária e a
China revendo diretrizes de crescimento. O mundo está mudando e o Brasil tem
que mudar também. Temos que ser competitivos globalmente e nos inserirmos nas
cadeias de valor, aumentando a competitividade e a produtividade dos nossos
trabalhadores — disse.
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