► ENCRUZILHADA FATAL

Em 1954 mataram Getúlio – e o termo usado é enfático mas definidor – pouco mais de um ano depois dele ter assinado a Lei de Controle de Remessa de Lucros das multinacionais; a lei foi revogada logo após. 

Em 1964 depuseram João Goulart apenas um mês depois dele ter assinado lei semelhante e que cortava os lucros escorchantes das empresas estrangeiras. 

Brizola falava em “perdas internacionais”, a direita ironizava. 

 Novamente houve a revogação da lei, desta vez pelo poder discricionário dos governantes oriundos do golpe militar (que alguns apedeutas ou mal intencionados cunham de “nacionalista”), que eliminou as alíquotas da lei de Jango (20% sobre o retorno do capital e 10% sobre o lucro, anuais) e criou um imposto progressivo “bonzinho” acima de 12% de excesso de lucro no triênio anterior. 

Visava ao reinvestimento, ao qual se aplicaria o IR; Collor diminuiu consideravelmente a alíquota. 

Finalmente o nosso Joaquim Silvério dos Reis, mais conhecido como FHC, promulgou em 1995 a lei 9.249, a qual instituiu a total isenção do imposto sobre a remessa de lucros e dividendos das empresas multinacionais.  

O capital internacional não perdoa, e aqueles que se submetem a fazer o papel de seus capachos vendem  a mãe e a alma – quando a têm, mas de quebra colaboram para prejudicar toda uma sociedade inocente, talvez a própria nação. 

 O capital estrangeiro abocanha anualmente mais de 30 bilhões de dólares, graças ao Príncipe da Privataria, que agora quer dar lições de moral para a Dilma: pegou o cacoete do Maluf = os outros é que são corruptos, ele não.  

É bom que se ressalte que os danos ao país pela ação nefasta de FHC não se restringe ao que foi citado acima. 

Em relação à Petrobras a sua atuação é demolidora; citamos aqui apenas alguns aspectos, já que outros foram apresentados por artigos de Mauro Santayana, Lígia Arneiro Teixeira Deslandes, Marcio Valley, assim como em diversos sites e blogs, além de abaixo-assinados em defesa da nossa maior empresa. 

Em 24/08/1998 o maquiavélico sociólogo promulga o Decreto 2.745, o qual aprova o “Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS”; o Capítulo II do Decreto, que trata da Dispensa e Inexigibilidade da Licitação, prevê 37 (trinta e sete) situações em que é possível a dispensa de licitação – como não conseguiu privatizar a empresa no seu governo, deixou essa arapuca. 

As tentativas de privatizar e acabar com a empresa e com o país, porém, persisitiram, pois em 1999 mudou o estatuto da Petrobrás, e duas alterações são marcantes: 

1) permissão para a venda de ações para estrangeiros; 
2) permissão para estrangeiros assumirem a presidência. 

Assumindo a presidência, o francês Philippe Reichstul pega o Edson Arantes do Nascimento (negro de alma branca que não tem nada a ver com o grande Pelé) e vai vender ações da Petrobrás em Wall Street; numa primeira fase vende 20% do seu capital, e posteriormente mais 16%. 

A gestão desse amigão do FHC, colocado lá para essencialmente privatizar a empresa, foi um desastre que merecerá um artigo especial, sendo que o pior deles foi ter mandado para o fundo do mar a maior plataforma marítima da época, causando um prejuízo de 450 milhões de dólares. 

Apesar de todas as tentativas de FHC e do PSDB em privatizá-la, a Petrobrás resiste, principalmente graças à força de seus mais de 80.000 funcionários diretos, honestos e competentes, e alguns jornalistas e técnicos, nacionalistas, lutando contra a força esmagadora da mídia golpista e entreguista. 

E cresce, cresce muito. Em 2013 faturou 305 bilhões de reais, com um lucro de 24 bilhões de reais (contra apenas 8 bilhões de lucro em 2002; quatro vezes mais em 11 anos). 

Investe mais de 100 bilhões de reais por ano. 

Opera uma frota de 326 navios. Tem 15 refinarias, 134 plataformas de produção de gás e petróleo. 

Seu valor de mercado em 2002 era de 15,4 bilhões de dólares, e em 2014 passou para 116,3 bilhões. 

A guerra midiática (paga por quem?) tem feito seu valor oscilar para baixo (quando o capacho Armínio sinaliza para seu patrão, o mega-investidor Soros, comprar) ou para cima quando anuncia o mês da maior produção histórica (e Soros ri de satisfação, e continua comprando). 

O banco de investimentos Merril Lynch, um dos maiores distribuidores de papéis podres, e responsável por enorme contribuição para a quebra de instituições em todo o mundo, faz pior: dá notas baixas para a Petrobrás citando-a como uma das empresas mais endividadas do mundo. 

Entretanto, quando as ações foram lá embaixo, comprou 12,9 milhões de ações ON e outros 3,7 milhões de papéis PN.

Logo, vê-se que estamos numa encruzilhada fatal. Trava-se uma verdadeira guerra.

De um lado: FHC, o PSDB, o PIG (a porca mídia golpista), o cara que não aceitou a derrota nas eleições, o capital internacional, os golpistas, os entreguistas da soberania nacional, a elite (pseudo, é claro, porque é muito vazia e burra e não percebe que vai se afogar junto, como o escorpião que não resiste em liquidar seu salvador).
 

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