Essa demissão demonstra que o 1º objetivo de Graça Foster e a diretoria era apagar digitais, mas o quadro se mostrou muito mais grave.
Eram tantos esqueletos no armário que Graça não conseguiu exercer o papel de coveira.
Ficou insustentável.
O quadro no governo é tão grave que ninguém quer assumir a Presidência da Petrobras.
O que se mostra o principal fato dessa demissão é a incapacidade do governo em achar substituto.
A ingovernabilidade é da Graça Foster ou da presidente Dilma?
Quem tem credibilidade como vai assumir o cargo com um conselho de administração tutelado pela Dilma?
Seria preciso um novo conselho para ser recomposto.
O conselho carece de credibilidade.
Presidente da Petrobras hoje não tem autonomia, tem postura de rainha da Inglaterra
- Alan Marques/Folhapress
A presidente da Petrobras, Graça Foster, e cinco dos seis diretores da estatalrenunciaram aos seus cargos. A informação foi divulgada em comunicado aos investidores nesta quarta-feira (4).
O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3, PETR4) já informou que vai se reunir na sexta-feira (6) para eleger novos executivos.
A saída da diretoria acontece em meio a um escândalo bilionário de corrupção, investigado pela operação Lava Jato, e à dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
Graça Foster foi a primeira mulher a ocupar o posto mais alto no comando da estatal. Ela assumiu em fevereiro de 2012, substituindo José Sergio Gabrielli. Nascida em Caratinga (MG) e criada no Rio, no Morro do Adeus, a engenheira ingressou na Petrobras como estagiária, em 1978, e foi diretora de Gás e Energia, em 2007.
O nome da executiva foi diretamente envolvido nas denúncias de corrupção na estatal em dezembro, quando a ex-gerente de Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da Fonseca disse, em entrevista, que alertou pessoalmente a presidente da empresa sobre irregularidades de que teve conhecimento.
Governo busca executivo 'de mercado', segundo fonte
O governo busca um executivo para comandar a estatal que preferencialmente seja ligado ao setor de petróleo, afirmou à agência de notícias Reuters na terça-feira uma fonte do governo. O objetivo é ter uma nova diretoria composta por nomes do mercado e também da empresa, disse a fonte.
A presidente Dilma Rousseff procura definir ainda em fevereiro o nome para comandar a estatal.
Segundo a "Folha", o ex-presidente Lula deve sugerir a Dilma o nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para a vaga de Graça Foster.
Missão: tirar valores da corrupção do balanço
A próxima diretoria terá a missão de apresentar o balanço do quarto trimestre auditado até o fim de abril, já com baixas contábeis necessárias devido ao escândalo de corrupção.
Caso não cumpra o prazo, a diretoria terá que conversar com credores para adiar os resultados.
No entanto, há credores que acreditam que a empresa já pode ser declarada inadimplente em bilhões de dólares em dívida, mesmo tendo divulgado os resultados atrasados do terceiro trimestre dentro de um prazo autoimposto.
Comunicado em resposta a solicitação da Bolsa
O comunicado foi divulgado em resposta a uma solicitação da Bovespa sobre as notícias da véspera divulgadas pela "Folha de S.Paulo", informando que a presidente Dilma Rousseff e Graça Foster teriam acertado um cronograma para a substituição de toda a diretoria. A notícia fez com que as ações da estatal disparassem 15% ontem.
Leia a íntegra do comunicado da Petrobras:
"Em notícia divulgada no site www1.folha.uol.com.br consta, entre outras informações, que o Palácio do Planalto já informou a presidente da Petrobras, Graça Foster, de que ela será substituída no cargo.
Solicitamos esclarecimentos, o mais breve possível, considerando o comportamento das ações no pregão de hoje, observado o horário limite de 09h00 de 04/02/2015, sobre o teor da referida notícia, bem como outras informações consideradas importantes."
Esclarecimento
Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores.
(Com Reuters)
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