Renan
Calheiros (PMDB-AL) em sessão do Congresso Nacional, nesta quarta-feira (03)(Ueslei
Marcelino/Reuters)
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(Da redação)
Delator afirma que propina para Renan ‘furou’ teto de 3%, diz jornal
Em delação premiada, Paulo Roberto Costa afirmou
que o pagamento enviado ao PMDB excedeu a cota para que 'fosse incluído um
valor para Renan
O ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores do petrolão, afirmou em
depoimento à Justiça do Paraná que o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), foi um dos beneficiários do propinoduto, segundo a Agência Estado.
De acordo com o portal do jornal O Estado de S. Paulo, Costa disse que os pagamentos feitos
ao peemedebista excederam o teto da cota repassada aos partidos PT, PMDB e PP,
responsáveis por indicar o nome dos diretores da estatal. Em sua delação
premiada, ele explicou que a propina ultrapassou os 3% para que "fosse
incluído um valor para Renan".
Segundo o delator, o
"interlocutor" das relações entre Renan e Paulo Roberto Costa era o
deputado federal Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE), antigo aliado da família
Calheiros, que foi prefeito da cidade cearende de Aracaú. Gomes, inclusive,
chegou a contratar como assessor de gabinete o filho mais novo de Renan,
Rodrigo Rodrigues Calheiros. Entre 2007 e 2008, o representante de Renan teria
procurado Paulo Roberto Costa para pedir que a Petrobras "passasse a
contratar uma empresa, a Serveng-Civilsan".
O Grupo Serveg, que trabalha
nas áreas de energia, mineração, engenharia e construção, firmou contrato com a
estatal para realizar as obras da Refinaria Premium I, avaliada em 20 bilhões
de reais, na cidade maranhense de Bacabeira.
Segundo a reportagem, as obras da
refinaria, considerada uma das maiores da Petrobras, estavam paralisadas, tanto
que o governador do Maranhão, Flácio Dino (PC do B), pediu no mês passado à
presidente Dilma Rousseff (PT) que desse o aval para retomada das obras.
Em resposta às denúncias, o presidente
do Senado afirmou nesta quarta-feira que "não tem absolutamente nada a ver
com isso" e que não foi informado sobre o seu nome estar na lista de
políticos enrolados no petrolão.
"Até o momento não sabemos de
absolutamente nada. Não fomos informados por ninguém.
Feliz da democracia que
permite o questionamento dos homens públicos. Questionar homens públicos é uma
coisa democrática. Eu não tenho nada, absolutamente nada com isso. Qualquer
eventual citação, se houver, com relação a mim, ela será de terceiros,
indireta.
Estou aguardando que haja o questionamento para que eu possa dar as
respostas, e se me fizerem eu estarei pronto para dar as respostas à luz do
dia", disse o presidente do Senado
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