Forte alta da moeda sucede devolução do Congresso de medida provisória
(MP) proposta pelo governo que prevê redução de desonerações
Forte alta da moeda sucede devolução do Congresso de medida provisória
(MP) proposta pelo governo que prevê redução de desonerações
04/03/2015 |
O dólar atingiu o maior patamar em quase 11 anos na manhã desta quarta-feira: R$ 3, uma alta de 2,46%.
A cotação não chegava a esse valor desde o dia 18 de agosto de 2004, quando bateu a marca de R$ 3,010.
No acumulado do ano, o dólar subiu 12% e, em 12 meses mais de 24%. Há um mês, a moeda custava R$ 2,75. Nesta manhã, a Bolsa ainda registrou queda de 1,44%.
A forte alta da moeda sucede a devolução do Congresso de medida provisória (MP) proposta pelo governo que prevê a redução da desoneração da folha de pagamentos a partir de junho.
Nos bastidores, a decisão foi encarada como uma retaliação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Planalto em função do vazamento de que seu nome estaria na lista de políticos investigados pela Lava-Jato.
Na noite passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 pessoas citadas na operação que apura desvios na Petrobras e sete de arquivamento.
Os nomes de Renan e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estariam na lista, e ambos já teriam sido avisados na semana passada, segundo fontes ligadas à bancada do PMDB no Congresso.
A decisão de Renan expôs a dificuldade da presidente Dilma Rousseff (PT) em obter apoio para as medidas no Congresso.
A barreira imposta a uma das principais medidas de ajuste fiscal propostas pela presidente repercute no mercado financeiro nesta quarta-feira, já que a proposta é considerada pela equipe econômica essencial para equilibrar as finanças e retomar o crescimento do país.
Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial subiu 2% no país em janeiro na comparação com dezembro de 2014 — resultado dentro da expectativa de analistas. Porém, na comparação com janeiro do ano passado, a produção industrial brasileira caiu 5,2%.
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