A morte é um dos maiores mistérios da vida. Mas os sonhos dos pacientes
de uma Casa de Repouso em Nova York estão a revelar coisas incríveis sobre este
processo.
Especialistas documentaram, ao longo de
dez anos, os sonhos mais frequentes que os pacientes tiveram antes de morrer. O
estudo, segundo uma reportagem da CBS, mostra que os
sonhos são reconfortantes e fazem com que a morte seja menos aterradora.
Durante uma década, Christopher Kerr e
a sua equipa documentaram 14 mil casos entre os pacientes. De acordo com os
especialistas, 80% dos casos são sonhos e visões antes da morte. “O que é claro
é que afirmam universalmente que os sonhos são mais reais e diferentes do
qualquer outros sonho”, explicou Kerr.
Além disso, os especialistas observaram
que, antes de morrer, as pessoas costumam ter sonhos vívidos que, com
frequência, têm a ver com entes queridos já falecidos. Outro tema recorrente é
a preparação para uma viagem, como por exemplo fazer as malas.
Um homem, chamado Horace, disse que,
nos seus sonhos, a sua esposa “apareceu de repente”. Já uma mulher, Jeanne,
descreveu o quão intensos os sonhos eram: “Lembro-me de ver todas as partes da
cara deles. Eu sei que era a minha mãe, o meu pai, o meu tio e o meu cunhado.
Senti-me bem”.
Uma paciente chamada Maggie sonhou com
a sua irmã, que faleceu antes dela. “Eu disse: Beth, tens de ficar comigo.
Estou sozinha, fica comigo. Ela disse: Não posso. Agora não.” Mas a irmã
deixou-lhe uma mensagem: “Em breve voltaremos a estar juntas”.
Outros sonhos permitem que os pacientes
abordem problemas não resolvidos, como, por exemplo, a entrega de uma mensagem.
As crianças, muitas vezes, dizem que sonham com os seus animais de estimação
falecidos antes de morrer.
Kerr, inicialmente, era cético. “Todos,
exceto eu, eram capazes de prognosticar a morte em parte com base no que as
pessoas estavam a ver ou a experimentar”, disse. Os médicos não são treinados
para lidar com estes sonhos, mas ele começou a estudá-los e percebeu que são
terapêuticos. “Em vez de ter medo da morte, quase transcende o medo da morte
para algo maior”.
Os investigadores não fornecem nenhuma
explicação para o fenómeno e assinalam que o objetivo é, simplesmente, registar
os sonhos.
Fonte: ZAP
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