E agora? Ciclistas estão sendo assaltados na USP. Como vai bater o coração de alguns jornalistas?


ladrão de bicicleta
Ai, ai… Começou uma onda de assaltos a ciclistas na USP. Não me digam! Segundo levantamento da Jovem Pan, desde o dia 1º de janeiro, já são 14 ocorrências. Uma das vítimas é o promotor de Justiça Roberto Bodini, que relata a abordagem violenta dos marginais. Dizer o quê? Os ciclistas se transformaram, no Brasil, numa espécie de categoria de pensamento, adotada e adorada pela imprensa. Quem sabe, agora, se faça a coisa certa.
A USP é uma cidade de porte médio. Circulam por lá mais de 100 mil pessoas. A Polícia Militar tem de se comportar por ali de maneira quase invisível. As lideranças de extrema esquerda que tiranizam a universidade e os traficantes e consumidores de drogas, que são muitos, não querem saber da “repressão” . Sim, é preciso chamar as coisas pelo nome, e eu chamo.
Os mesmos traficantes, diga-se, tiranizam também a favela São Remo, que fica ao lado, separada da universidade por um muro, que foi vazado, num trabalho conjunto de militantes de extrema esquerda e vendedores de droga. A justificativa politicamente correta é que isso é feito para acabar com o apartheid social, entendem? Já houve um assassinato na USP. Mesmo assim, os “amigos do povo” querem a polícia longe.
Então ficamos assim: há uma cidade de porte médio, com policiamento precário, onde circula uma boa massa de endinheirados… Em que isso vai dar quando se sabe que o tráfico fez da Cidade Universitária o seu mercado? Atenção! Há bicicletas de endinheirados que podem custar até R$ 30 mil. Os assaltantes pegam a dita-cuja e se mandam pra favela.
Pior: ficamos sabendo agora que ciclistas contrataram escolta armada… Epa! Aí as coisas começam a ficar ainda mais perigosas. Avaliem o risco! A única saída sensata é parar com essa brincadeira estúpida de que a USP — e as universidades brasileiras — são territórios livres, onde a polícia não entra. A Guarda Universitária não vai poder se comportar como segurança privada de ciclistas, não é? É preciso que se faça lá policiamento ostensivo para reprimir qualquer forma de crime — inclusive, sim, o tráfico e o consumo de drogas.
Por mais que queriam transformar a USP num bunker, onde a PM não entra, as leis de mercado chegam pelo ar. Atrair bandidos para a universidade — em razão das drogas e da falta de policiamento — imaginando que eles não vão praticar banditismo é coisa de cretinos ou de gente de má-fé.
Sem a presença ostensiva da polícia, a alternativa para os ciclistas é levar Marilena Chaui como uma espécie de batedora, de ponteiro. Quando o bandido chegar com o tradicional “Perdeu, perdeu, passa a bicicleta para cá”, ela, a mais saliente crítica da presença da PM no campus, pode tentar convencê-lo de que se trata de um ato reacionário, que acabará concorrendo para a “militarização” da universidade, adicionando que ele, ladrão, mesmo sem saber, é, na verdade, um revolucionário em potencial, que está canalizando mal as suas energias redentoras… De resto, os dois “ODEIAM” a classe média…
Por Reinaldo Azevedo

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