Haddad, PT e imprensa criam o “2º caso Caíque”, agora na Haddadolândia.


Elaine Biasoli: chefe do Denarc não tem medo de cumprir sua função e não tem de se submeter às loucuras de Haddad sobre o crack
Elaine Biasoli: chefe do Denarc não tem medo de cumprir sua função e não tem de se submeter às loucuras de Haddad sobre o crack
Estranhei a informação, que estava em toda parte — e me refiro a ela no post que já escrevi — de que policiais civis teriam usado “balas de borracha” na Cracolândia. A operação na região foi conduzida pelo Denarc, chefiado hoje pela delegada Elaine Maria Biasoli. Nada sei contra essa mulher. Ao contrário: o que sei é a favor. Entre outras coisas, tem coragem de enfrentar as milícias da mentira e da distorção.
A informação do uso de balas de borracha está em toda parte e mobiliza a Al Qaeda eletrônica petista na Internet. A Rádio Estadão entrevistou a delegada. Para ouvir, clique aqui. Ninguém lhe perguntou nada a respeito.
Mentira! A operação não foi “surpresa”. Trata-se de uma farsa alimentada pelo prefeito Fernando Haddad, por seus auxiliares, por petistas no geral e pelos setores da imprensa que aceitam ser porta-vozes dessas gente.
Uma das tarefas do Denarc é prender traficantes. Ninguém precisa ser previamente avisado disso. Elaine Maria, na conversa com o Estadão, se ofereceu para fornecer os dados pormenorizados: desde que ela assumiu o departamento, em novembro, até o dia 20 deste mês, 65 traficantes foram presos na região.
Segundo caso Caíque
Estamos diante de um “segundo caso Caíque”, uma referência aquele pobre rapaz que se suicidou e que os petistas e militantes tentaram transformar numa vítima da homofobia, com acusações veladas à polícia, que só cumpria o seu dever.
O programa “Braços Abertos” da Prefeitura, como já afirmei aqui, criou a zona livre do tráfico e do consumo de drogas. O que esperam? Que o Denarc deixe os traficantes circulando livremente, é isso? O prefeito que venha a público defender a legalização das drogas. Se a sociedade aceitar, tudo bem… Elaine Maria deixa claro: o Denarc tem obrigações, sim, firmadas moral e legalmente também com quem trabalha e mora na região. O Denarc não prendeu consumidores, mas traficantes, numa ação rotineira. E por que a confusão nesta quinta-feira?
Petistas na área
Curiosamente, esta quinta foi um dia de romaria de figurões petistas à Cracolândia. Sabem quem estava lá de manhã? Ninguém menos do que o ministro-candidato Alexandre Padilha. Estava acompanhado do secretário de Saúde da cidade, José de Fillipi Jr.
À tarde, durante as prisões efetuadas pelo Denarc e que resultaram em confrontos, quem estava presente à região era o secretário municipal de Segurança, Roberto Porto. Ele foi um dos que se disseram surpresos.
Surpreso com o quê? Desde quando o Denarc tem de avisar ao sr. Porto que vai efetuar uma prisão? Aliás, o departamento não tem de pedir autorização para ninguém porque tem autonomia funcional para isso: nem para Porto, para Haddad, para a Polícia Militar ou mesmo para a Secretaria de Segurança de São Paulo.
Essa história da operação-surpresa é uma farsa asquerosa. E, tudo indica, a das balas de borracha também, artefato que não é de uso regular da Polícia Civil. Mas não tenho receio de dizer tudo: se policiais estão sendo atacados por uma turba, por que não? Mas parece que tudo não passa mesmo de uma farsa.
Braços Abertos
A Al Qaeda eletrônica atua a todo vapor, como fez no caso Caíque. Haddad deu uma de Maria do Rosário e, claro!, saiu atacando a polícia. Os delinquentes morais dizem, referindo-se ao Programa Braços Abertos, a Bolsa Crack de Haddad: “A Prefeitura abraça, e o Estado mata”. A Prefeitura, de fato, está, na prática, queira ou não, abraçando traficantes. Mas o estado não matou ninguém.
Parabéns à delegada Elaine Maria Biasoli. Não tem medo de enfrentar os fatos. O tráfico de drogas é ilegal em São Paulo, dentro ou fora da Haddadolândia.
O programa de Haddad, apesar do apoio da imprensa, obviamente, já naufragou. E por quê? Para ser sucesso, ele tem de incluir cada vez mais viciados. Dadas as suas características, quanto mais incluir, mais viciados vão aparecer. É um caso em que o sucesso é igual ao fracasso.
Para encerrar
- com ou sem bala de borracha, a operação do Denarc é legítima;
- ainda que tivesse sido surpresa, não há ilegalidade nenhuma;
- tudo indica, estou apurando, que havia, sim, mandado de prisão;
- por definição, não é?, a polícia não precisa de mandado para prisões em flagrante.
Por Reinaldo Azevedo

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