EUA apertam sanções contra Cuba por apoio à
Venezuela.
A Casa Branca anunciou hoje que cidadãos americanos poderão
processar nos tribunais dos EUA empresas e instituições cubanas que usem
propriedades confiscadas no início do regime comunista. Trata-se de uma
retaliação ao apoio da ditadura de Raúl Castro à ditadura de Nicolás Maduro na
Venezuela.
As sanções americanas são, explica O Globo, uma ativação da Lei
Helms-Burton, aprovada pelo Congresso dos EUA em 1996, mas até hoje não
implementada. Bolsonaro e Trump vão se reunir para definir agenda bilateral.
A visita
do presidente Jair Bolsonaro ao americano Donald Trump, no próximo dia 19, irá
resultar em uma declaração conjunta com 3 pilares já definidos: a consagração
dos valores comuns, o anúncio de medidas concretas e a indicação de um caminho
a ser perseguido na relação Brasil-EUA, especialmente nas áreas econômica e
comercial.
O encontro com Trump na Casa Branca será a primeira visita bilateral
do presidente brasileiro desde a posse. A escolha dos EUA como primeiro destino
é significativa.
O governo Bolsonaro tem deixado claro que há uma reorientação
da política externa vigente no País e busca uma aproximação maior com os
americanos.
Após vencer a eleição, Bolsonaro recebeu a visita do assessor de
Segurança Nacional de Trump, John Bolton, e na posse, do secretário de Estado,
Mike Pompeo.
Semana passada, uma emissária de Pompeo, Kim Breier, esteve em
Brasília para tratar de detalhes finais dos acordos que devem ser anunciados
pelos dois países. Na declaração sobre a afinidade de valores, os governos
Trump e Bolsonaro querem ir além da tradicional reafirmação de princípios
estruturais, como a celebração da democracia, direitos humanos e estado de
direito.
As duas equipes pretendem incluir também uma manifestação de
convergência de visão política. Neste contexto, a crise na Venezuela servirá de
exemplo.
O governo Trump vê no Brasil sob Bolsonaro um momento inédito onde há
mais faixas de concordância do que de discordância, não só pela admiração que
parte do governo brasileiro nutre pelos americanos como pela estrutura da
equipe econômica nomeada por Bolsonaro.
Para uma ala do Itamaraty, no entanto,
a mudança na rota da política externa representa uma “inflexão”, expressa pelo
ex-embaixador Rubens Ricupero em palestra promovida pelo Centro Brasileiro de
Relações Internacionais (CEBRI), na Casa das Garças, no Rio de Janeiro na
última semana. Na ocasião, Ricupero criticou o alinhamento do novo Itamaraty
aos EUA, afirmando que não vê limites nessa iniciativa.
Venezuela A crise na
Venezuela é tema obrigatório do encontro entre os dois líderes. O Brasil, junto
ao Grupo de Lima, foi uma das primeiras nações a seguir os EUA e reconhecer o
presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como presidente
interino do país.
O apoio regional é crucial para os EUA mostrarem que não
estão isolados na política de endurecimento contra o regime de Nicolás Maduro.
O governo Bolsonaro está alinhado ao de Trump na crescente pressão a Maduro,
mas a declaração do Brasil expressamente contrária a uma intervenção militar no
país vizinho foi o primeiro sinal ruim do novo governo brasileiro à Casa Branca.
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