Procura por vacina contra meningite dispara
após morte de neto de Lula
Há 12 tipos de meningite meningocócica, mas os mais prevalentes no
Brasil são os tipos A, B, C, W e Y
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A morte
de Arthur Araújo Lula da Silva, 7, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, por meningite meningocócica, na sexta-feira (1º), provocou
corrida de famílias a clínicas para vacinação.
Há 12 tipos de meningite meningocócica, mas os mais prevalentes no Brasil são
os tipos A, B, C, W e Y. A rede pública de saúde oferece a vacina contra o tipo
C. Para se imunizar contra as outras formas da doença, é preciso ir a uma
clínica particular que disponibilize a vacina para os demais tipos.
Quatro clínicas em São Paulo procuradas
pela reportagem neste sábado (2) e a rede Pró Matre-Santa Joana informaram que
houve forte aumento da procura pela vacina.
O preço da dose está na casa dos R$
575. A clínica Vacin Ville, com unidades na Granja Viana (zona oeste) e em
Alphaville (Grande SP), aplicou em dois dias a metade do estoque do mês. Foram
150 doses do tipo B e 400 da conjugada quadrivalente.
A pediatra e dona da clínica, Lilian
Zaboto, alertou que não há motivo para pânico. "As pessoas têm o péssimo
hábito de se alarmar com fatos, quando deveriam se preocupar em manter a
caderneta de vacinação em dia", afirma.
Na rede Pró Matre-Santa Joana, a vacina
acabou às 16h. Foram aplicadas cerca de 300 doses. O serviço deverá retornar
com distribuição de senhas.
A jornalista Cristiane Mattar, 34,
conseguiu imunizar a filha de 7 anos. "O pediatra já vinha aconselhando,
mas a morte do neto do Lula pesou", disse.
O presidente da Associação Brasileira
das Clínicas de Vacina, Geraldo Barbosa, disse que pode haver atraso na
reposição do estoque, além do encarecimento do produto.
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