PETROBRAS ◘ JUSTIÇA DO RIO HIPOTÉCA SÉDE DA EMPRESA

 

Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro

Petrobras

Justiça do Rio hipoteca prédio símbolo da Petrobras

Decisão busca garantir pagamento de uma indenização de R$ 935 milhões


Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (Leo Correa/VEJA)
A Justiça do Rio de Janeiro hipotecou o icônico edifício-sede da Petrobras, localizado na Avenida Chile, no centro da capital fluminense. A decisão judicial busca garantir o pagamento de uma indenização de 935 milhões de reais da petroleira para a Refinaria Manguinhos, que alega ter sofrido prejuízos com a política de preços de combustíveis praticada pela estatal. Em dezembro, a Justiça decidiu a favor da refinaria.

Já a decisão de hipotecar o prédio da companhia partiu da juíza Kátia Torres, interina da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que, em sentença proferida na última quinta-feira, atendeu ao pedido feito pela refinaria para assegurar o pagamento futuro da indenização.

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Em nota enviada por meio da assessoria de imprensa para o jornal O Estado de S. Paulo, a estatal informou que a hipoteca representa garantia de uma condenação que ainda não é definitiva e, portanto, não pode ser executada. "Trata-se de decisão de primeiro grau, sujeita a recurso ao tribunal local e aos tribunais superiores. A Petrobrás, tão logo intimada, vai recorrer", diz o comunicado.

Na sentença, a juíza confirma a hipoteca pedida na ação judicial alegando que além de o processo envolver "expressiva condenação de valor líquido, problemas financeiros enfrentados pela ré são públicos e notórios". Ainda de acordo com a sentença, o fato de a companhia ter recursos para pagar a indenização não é suficiente para tornar a hipoteca desnecessária.

A ação movida pela Refinaria de Manguinhos questionava o controle de preços pela estatal, que teria causado danos financeiros à empresa no período entre 2002 e 2008. A Refinaria de Manguinhos alega que 90% de seus custos de produção vêm da aquisição do petróleo junto à estatal, que controla os preços dos combustíveis, independentemente de parâmetros internacionais. Ou seja, para a refinaria – a única unidade privada do país – é mais barato adquirir gasolina da Petrobras do que comprar dela a matéria-prima para a sua produção.

(Com Estadão Conteúdo)

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