A falta de
segurança já provocou vazamento de vírus e bactérias.
Finlandeses identificam
dois genes que aumentam em até 13 vezes a probabilidade de alguém cometer
crimes graves
Até 10% dos crimes extremamente violentos na Finlândia foram cometidos por pessoas geneticamente predispostas à agressividade. Foi essa a conclusão de um grupo de cientistas que analisou quase 900 presos, todos reincidentes, comparando os dados genéticos deles com os do restante da população. O grupo variava entre "peixes pequenos", detidos, por exemplo, por dirigir alcoolizados, e assassinos convictos.
Os mais perigosos, que praticaram 1.154 homicídios no total, possuíam alterações específicas: atividade reduzida da monoamina oxidase A (MAOA), cuja função é controlar os níveis de dopamina e serotonina no cérebro, ou variações do gene cadherin 13 (CDH13), que auxilia no desenvolvimento das ligações neuronais. Quem tem alguma dessas modificações é mais agressivo porque dificilmente consegue controlar os impulsos.
"Encontramos dois genes que têm maior efeito no comportamento agressivo, e provavelmente há dezenas, centenas de outros genes de efeitos menores", explica o pesquisador Jari Tiihonen. Apesar das variantes genéticas aumentarem em 13 vezes a possibilidade da conduta violenta, sozinhas elas não são capazes de levar ninguém a cometer crimes graves, pois não inibem a consciência. E questões biológicas não nos definem por completo — há também fatores sociais. Por isso a descoberta não poderá ser usada para identificar criminosos, nem é alegação para reduzir pena.
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