Por Cristiana Lôbo
A presidente Dilma Rousseff fechou a equipe de auxiliares no Palácio do Planalto e duas mudanças são claras: desta vez, não há mulheres entres os chamados "ministros do Planalto"; outra mudança é que, com a saída de Gilberto Carvalho da Secretaria-Geral da Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou sem representante no núcleo do governo.
No primeiro mandato, Dilma se esforçou para ter o maior número de mulheres na equipe. O Planalto chegou a ter três em determinado momento (Ideli Salvatti na Articulação Política; Gleisi Hoffmann na Casa Civil e Helena Chagas na Comunicação) e Lula era padrinho de mais de uma dezena de ministros e no Planalto, além de Gilberto Carvalho, também Antonio Palocci.
Desta vez, mesmo com a reação do PT, Dilma bancou ministros com os quais tem melhor relação, independentemente do que eles representam no PT – Aloízio Mercadante, na Casa Civil; Miguel Rossetto na Secretaria-Geral; e Pepe Vargas, na Articulação Política –-, sendo que os dois últimos são da tendência Democracia Socialista, que tem menos de 10% do partido.
Para compensar a tendência majoritária, a Construindo um Novo Brasil, o futuro ministro da Defesa, Jacques Wagner terá papel também na coordenação de governo. Ele deve integrar o chamado "núcleo duro" do governo e participar das reuniões diárias da presidente com a equipe palaciana. Dilma deve, ainda, receber a indicação desse grupo para designar o líder do governo para o primeiro período do segundo mandato.
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