SERÁ?? ◘ ZERO G DAY - EM 4 DE JANEIRO PODEEREMOS VOAR??

planetas
Artigo de Mustafá Ali Kanso
“De acordo com o célebre astrônomo britânico Patrick Moore no dia 04 de janeiro a gravidade da Terra se tornará mais fraca, permitindo que caiamos mais devagar – nos dando, assim, a ilusão de que estamos voando.
Isso devido ao alinhamento Terra-Júpiter-Plutão que formará marés gravitacionais capazes de interferir com o campo gravitacional terrestre”.
“Exatamente às 9h47min PST em 04 de janeiro, Plutão vai passar atrás de Júpiter e ambos estarão alinhados e em oposição à Terra.
“Esse raro fenômeno implicará na combinação das forças gravitacionais dos dois planetas que fornecerão um puxão de maré muito forte, que contrariando temporariamente a própria gravidade da Terra irá fazer com que as pessoas praticamente fiquem sem peso durante 5 minutos.
Moore denominou tal ocorrência de “Jovian-Plutonian Gravitacional Effect”.
Esse é o corpo da notícia do não menos célebre “Zero g Day”.

Evidentemente uma piada criada por Moore.

Interessante notar é que essa piada veio a público no dia primeiro de abril de 1976 em seu programa de rádio na BBC (Londres) e repetida a cada início ou final de ano.

A graça de Zero G Day é que muitos ouvintes, naquela ocasião, ligaram para a BBC relatando o efeito com detalhes.

Eles realmente acreditavam que quando saltavam a uma determinada altura sua queda ocorria muito mais lentamente do que o normal e que tinham a sensação de estarem voando.

Tais comportamentos se repetiram, ao longo dos anos, mesmo com o acesso cada vez mais facilitado às informações científicas.

Brincadeiras à parte, a coisa se torna séria quando acreditamos nas coisas que lemos ou ouvimos, sem nenhuma avaliação crítica.

Ou mais especificamente:

Quando acreditamos, simplesmente por que queremos acreditar.

Isso nos demonstra, cada vez mais, a importância do desenvolvimento do pensamento crítico.
Nas palavras de Francis Bacon:

“A compreensão humana não é livre de interesses e que recebe influxos da vontade e dos afetos”.

“Por essa razão o homem acredita mais facilmente naquilo que ele gostaria muito que fosse verdade e rejeita rapidamente as coisas difíceis a seu entendimento, por pura preguiça de averiguar”.

“Da mesma forma que rejeita:
  • As coisas sensatas por abaterem sua esperança;
  • As coisas fundamentais da natureza por pura superstição;
  • A clareza da experiência alheia por puro orgulho e arrogância”.
Por essa razão, nesse artigo de fechamento de 2014, gostaria de desejar a todos os meus leitores e leitoras um 2015 pleno do mais puro ceticismo científico — sempre fundamentado no triedro razão, conhecimento e humildade.

-o-
Sugestão de pauta: Alexandre Maesato  e Leila Kanso Maesato
[Leia os outros artigos  de Mustafá Ali Kanso  publicado semanalmente aqui no Hypescience. Comente também no FACEBOOK – Mustafá Ibn Ali Kanso ]
LEIA A SINOPSE DO LIVRO A COR DA TEMPESTADE DE Mustafá Ali Kanso
[O LIVRO ENCONTRA-SE À VENDA NAS LIVRARIAS CURITIBA E SPACE CASTLE BOOKSTORE].
Ciência, ficção científica, valores morais, história e uma dose generosa de romantismo – eis a receita de sucesso de A Cor da Tempestade.

Trata-se de uma coletânea de contos do escritor e professor paranaense Mustafá Ali Kanso (premiado em 2004 com o primeiro lugar pelo conto “Propriedade Intelectual” e o sexto lugar pelo conto “A Teoria” (Singularis Verita) no II Concurso Nacional de Contos promovido pela revista Scarium).

Publicado em 2011 pela Editora Multifoco, A Cor da Tempestade já está em sua 2ª edição – tendo sido a obra mais vendida no MEGACON 2014 (encontro da comunidade nerd, geek, otaku, de ficção científica, fantasia e terror fantástico) ocorrido em 5 de julho, na cidade de Curitiba.

Entre os contos publicados nessa coletânea destacam-se: “Herdeiro dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere”que juntamente com obras de Clarice Lispector foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”

Prefaciada pelo renomado escritor e cineasta brasileiro André Carneiro, esta obra não é apenas fruto da imaginação fértil do autor, trata-se também de uma mostra do ser humano em suas várias faces; uma viagem que permeia dois mundos surreais e desconhecidos – aquele que há dentro e o que há fora de nós.

Em sua obra, Mustafá Ali Kanso contempla o leitor com uma literatura de linguagem simples e acessível a todos os públicos.

É possível sentir-se como um espectador numa sala reservada, testemunha ocular de algo maravilhoso e até mesmo uma personagem parte do enredo.

A ficção mistura-se com a realidade rotineira de modo que o improvável parece perfeitamente possível.

Ao leitor um conselho: ao abrir as páginas deste livro, esteja atento a todo e qualquer detalhe; você irá se surpreender ao descobrir o significado da cor da tempestade.

[Sinospse escrita por Núrya Ramos  em seu blogue Oráculo de Cassandra]

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